quinta-feira, 12 de julho de 2012

Mais um

Assunção pede que o título da Copa do Brasil fique só pra ele.
Presidente da CBF, José Maria Marin, confirmou esta manhã que já recebeu fax da diretoria do Palmeiras solicitando que, pelo título da Copa do Brasil conquistado ontem, o time seja imediatamente reconhecido como Campeão Brasileiro de 2012. Também carentes de um título de expressão, Santo André e Paulista de Jundiaí se manifestaram a favor da iniciativa e cobram status de campeões nacionais de 2004 e 2005, respectivamente. A Portuguesa informou que estuda os documentos para saber se título da série B também dá direito ao pleito.

update: Se a CBF der andamento ao caso, o veterano Marcos Assunção deve herdar a conquista e se tornar o primeiro atleta de esporte coletivo a ser reconhecido como único campeão de um torneio nacional. "Meus companheiros me ajudaram muito, sofrendo faltas e deixando a bola desviar em seus corpos nas cobranças, mas se a Copa do Brasil ficar só pra mim ficarei muito contente", comentou o capitão da equipe, que também reconheceu a participação do treinador. "Felipão treinou muitos chutes para lateral e quedas próxima a área", lembrou.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Incontestável


 Sabem o que é sincericídio? Então vamos lá:
Tenho me censurado para falar sobre o campeão da Libertadores desse ano por receio de quebrar o pacto de que no futebol não se pode elogiar um time rival. Ainda mais se o rival for o Corinthians. Peço licença aos torcedores mais "fanáticos" para quebrar esse pacto e reverenciar um dos títulos mais incontestáveis que já vi.
Pensei bem e percebi que pela grandeza do time que torço e as tantas alegrias que me deu não preciso me envergonhar em dizer que foi bonita pra caralho a campanha do campeão deste ano.
Invicto. Eliminaram o atual campeão e o melhor jogador da América na semi e bateram o time mais temido do continente na final. Emocionante. Gols no último minuto, como os do Ralf (na primeira fase), do Paulinho (contra o Vasco) e do Romarinho (um ninguém, com cara de corintiano que brilhou muito na Bombonera e entrou pra história). Merecido. Quem gosta de futebol, quem gosta de analisar o futebol, sabe que a maturidade que o Tite deu a esse time é um caso a parte.
Então, ontem, quando eu via, ouvia e invejava a comemoração dos caras, o que me confortava era lembrar como foi que comemorei e como eu me senti em 2005. Por respeito a minha própria lembrança, não vejo porque desvalorizar o feito com essas baboseiras de que um já é tri ou que ganhou antes. Acho que não precisamos disso, são paulinos. Quanto a santistas e palmeirenses, avaliem vocês se o time de vocês é grande suficiente para não se precisarem se apegar a provocações mesquinhas nesse momento.
Não tem jeito, depois de 102 anos, hoje é o dia dos caras, e com muito mérito.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Balanço do Brasileirão

Analisarei o resultado do Brasileirão 2011 por partes:


São Paulo: Uma vergonha. Da troca de técnicos à apatia dos jogadores. Um péssimo ano, que compromete também o próximo calendário. Em 2012 vai precisar repatriar outro medalhão e comemorar mais alguma marca histórica do Rogério para lotar o estádio. Ainda acho que tem um bom elenco.

Campeão: Merecido. Time, técnico e diretoria encararam esse campeonato com consciência e racionalidade de campeão. Abriram vantagem, souberam estancar a má fase com rapidez, e mantiveram a ponta.

Classificados para Libertadores: Fred. Em 2009, Fred desinbestou a fazer gols na reta final e salvou o Flu do rebaixamento. Em 2010, os gols decisivos do Fred levaram ao título. Dessa vez, o cara levou o time nas costas até a Libertadores de 2012. Flamengo e Inter completam os classificados e evitam que os bizarros Figueirense e/ou Coritiba representem o Brasil na principal vitrine do continente.

Rebaixados: A única aberração entre os que baixam de nível em 2012 é o Atlético Paranaense. Clube que já foi xodó pela estrutura, mas que apostou em Paulo Baier, Marcinho como pilares em campo e ANTONIO LOPES como comandante. Mereceu. Antes de começar o Brasileirão, o palpite de que o Cruzeiro era favorito ao título foi unanimidade entre todo tipo de comentarista esportivo. Foi um vexame, não caiu porque teve a sorte de depender do jogo mais fácil para se manter na 1ª. Ninguém sonhou que o Galo pudesse rebaixar o Cruzeiro, né?

Palmeiras: Mediocre, como sempre. Mesmo vendo o maior rival comemorar um título em cima de si, saiu no lucro na última rodada. Participou (de bicão) de uma decisão importante, circunstância fora da realidade palestrina há mais de uma década.

Botafogo: Botafogo.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Rivalidade x Realidade

Gol do Bernardo que deu a vitória ao Vasco no clássico contra o Fluminense aos 40 e tantos minutos do segundo tempo foi uma benção ao Campeonato Brasileiro de 2011.
Bernardo adiou a comemoração do título do Corinthians para última rodada. Chancelou a tabela de clássicos derradeiros. Deu ao Vasco o mérito e a honra de postular mais um pouco pelo campeonato. Frustrou os Corinthianos. E alucinou anti-corinthianos.

Este último movimento, no entanto, me revolta.
A rivalidade é uma das coisas que mais me fascina no futebol, mas situações como essa reta final de 2011 me fazem pensar como ela destrói qualquer resquício de bom-senso que o cidadão possa ter.
O Corinthians não comemorou o título com uma rodada de antecedência, mas conseguiu um baita resultado fora de casa, que só aumentou suas possibilidades de sucesso no final.
Qual a retaguarda moral que dá a São Paulinos e, principalmente, Palmeirenses o direito de gozar o rival a essa altura do campeonato? Se o Corinthians tivesse perdido o título, vá lá. Mas, pelo contrário, o mais provável é o que a celebração tenha sido apenas adiada.
Enquanto isso, o Palmeiras, que afastou o rebaixamento nas últimas rodadas, dá mais um tostão de sua pequenez se vangloriando de atrapalhar as ambições dos rivais.
No São Paulo, não bastasse o ano medíocre dentro e fora de campo, acabara de ser vencido pelo próprio pequeno Palmeiras. Uma vergonha.
Como podem são paulinos e palmeirenses abrir a boca para chacotear o Corinthians que tinha acabado de ganhar e confirmar a liderança? Rivalidade aí vira uma mistura de cegueira e cinismo.
Para concluir queria apenas homenagear um dos clubes mais queridos por mim. O Botafogo. Às vezes acho que esse negócio de reforçar ano a ano a imagem de perdedor é puro marketing.



quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O melhor do mundo

Penso num post sobre Neymar desde que o Santos fez o pomposo anúncio de que ele vai morar na baixada até a Copa 2014. Por alguns motivos.

Primeiro porque é admirável a coragem do clube, do Luiz Alvaro (seu presidente), e do próprio Neymar. Inverte toda a sequência natural do provinciano futebol brasileiro até o momento.

Segundo porque a desenvoltura e facilidade com que ele faz jogadas deixa qualquer um que assiste futebol (torcedor de qualquer time) impressionado. É interessante e novo esse tipo de unanimidade no Brasil.


Depois porque ele é um fenômeno de mídia, também pela personalidade que se construiu paralelamente ao que ele mostra em campo. O moleque é simpático, esperto, tá comendo bem. É mais assunto para quem adora passar horas falando de futebol.


Também porque a coragem santista pode persuadir outros times e jogadores e consolidar o período de vacas gordas no futebol brasileiro. Mais craques voltando e promessas ficando.

E por último, tive vontade de comentar o assunto do anúncio da renovação do Neymar até 2014 porque ele não quer dizer nada. Todos esses motivos que listei a cima podem ser desmentidos. Por enquanto, também acredito que ele fique até a Copa, mas é só um contrato como todos os outros (que em sua grande maioria são quebrados).

Nada impede que daqui seis meses ele canse das fofocas no Brasil, que se desgaste o ambiente no Santos, que ele brigue com o técnico, que o time caia na primeira fase do Paulista, que o Barcelona o queira para o lugar do Messi. Seis meses, um ano, períodos que, no futebol, são suficientes para que reviravoltas aconteçam e esse contrato como qualquer outro não terá o poder de impedí-las.

PS: Para mim, o futebol que Neymar joga já é mais impressionante que o do Messi.

domingo, 20 de novembro de 2011

Adriano


A história do futebol é escrita para grandes protagonistas.

Quando o Corinthians empatou o jogo contra o Atlético-MG no Pacaembú lotado, a 2 jogos e alguns minutos do fim do campeonato, o palco estava montado. O enredo estava pronto para mais um momento apoteótico deste esporte tão empolgante.

No momento que o Sheik enfiou a bola para o Imperador, ao 44 min, arregalei os olhos e me inclinei na direção da TV. Apesar de estar torcendo contra o Corinthians, sorri quando a bola venceu o goleiro e viajou pra rede.

Histórias de superação são até previsíveis de tão costumeiras no futebol.

O título do Corinthians, realidade da qual já me conformei, precisava ser carimbado por um momento desses.

Torço pelo Adriano, apesar do time que joga.

sábado, 5 de novembro de 2011

É duro ser palmeirense!

Hoje. Depois de mais uma derrota do São Paulo. A temporada comprometida. Sem nenhum resultado que orgulhe o torcedor. Posso afirmar com propriedade: É duro ser palmeirense.

Hoje consigo me colocar no lugar, antes muito distante, dos colegas palmeirenses. E é triste, vergonhoso e desesperançoso esse lugar.

Minha solidariedade aos palestrinos, sei o que vocês estão passando nesses últimos 12 anos.

Na minha opinião o São Paulo foi diferente neste jogo.Jogadores se dedicaram mais, acertaram mais. Mais comprometimento, suor e muito azar futebolístico. Mas, jogar como nunca e perder como sempre não adianta a essa altura do campeonato.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Foi mal, Leão!

Correção em tempo:

Quando o São Paulo surpreendeu o mundo ao confirmar a volta de Emerson Leão para substituir Adilson desmanchei-me em lamentações e meti o pau no Juvenal. Não escrevi aqui porque na ocasião este blog ainda vegetava. No meu twitter estão registradas as cornetadas.

A figura do Leão sempre me trouxe irritação. Ele embaralhando as frases em entrevistas em que está nitidamente enrolando para falar sobre o que não sabe (táticas de futebol) é patético. Soma-se a isso o temperamento de moleque briguento e os maus resultados dos seus últimos trabalhos. Pronto. Tudo o que eu não gostaria de ver no meu time. Ainda mais num time/clube em franca decadência como o tricolor.

Mas quero aproveitar que ele ainda não ganhou nenhum jogo (1 derrota e 1 empate até agora) para me retratar, sem ser acusado de comentar em virtude de resultados. Como fazem quase 100% dos por mim odiados cronistas esportivos.

Em 8 dias de trabalho o Leão me espantou. Não perdeu a mania de tentar enfeitar as respostas com frases que só ele entende, mas tem gerido o time competentemente e está fazendo da transparência o antídoto para quebrar alguns tabus que atrapalhavam o ambiente do São Paulo. Como nos casos problemáticos de Rivaldo e Dagoberto.

Rivaldo derrubou os dois últimos técnicos do SPFC. Um, Carpegiane, porque não o escalava nunca. Outro, Adilson, porque o escalava muito. Leão, sem se preocupar com isso, sacou o cara até do banco na sua estreia, mas fez elogios e trouxe o quarentão para perto dele.

Já com Dagoberto que virou assunto de todo tipo de especulação ele fez o simples. Avisou que o cara é está fechado com o Inter, e que vai continuar jogando pelo São Paulo até o fim do contrato. Não vejo porque supervalorizar essa situação. Leão botou as cartas na mesa para jogar com elas.

E não é só isso. Os treinos “animadinhos” como os de aulas de educação física de colegial, com jogador repetindo fundamento e pagando castigo, estão causando boa impressão no elenco. A gente não pode esquecer que cabeça de bolero é meio infantil mesmo. E alegria e confiança fazem bem para a engrenagem girar.

E o principal. O técnico fraco taticamente, como o considero, fez o que parece mais emergencial e óbvio a se fazer. E não tinha sido feito até agora. Botou 3 zagueiros num time inseguro. Vai proteger a defesa e dar mais liberdade para galera da frente jogar. Confio a isso a esperança por resultados melhores daqui em diante.

Aguardemos para saber se os resultados ajudarão Leão a contrariar seu fado de ser mais um descalabro do Juvenal.

domingo, 30 de outubro de 2011

Corinthians é o campeão brasileiro de 2011

Senhores, é com a satisfação de um pai cheio de saudades abraçando seu filho que não via há anos que escrevo estas primeiras linhas para anunciar a retomada das postagens deste blog.

Não é com a mesma satisfação, porém, que escolho o tema sobre o qual falaremos neste retorno: o campeão brasileiro de 2011.

Pra mim, o título está definido e infelizmente será do Corinthians.

Cada equipe “ainda” colocará 18 pontos em disputa, dois times estão “empatados” na liderança e a diferença entre o primeiro e o sexto colocados é de “apenas” 6 pontos. Um falso equilíbrio, pelo menos no que se refere à definição do campeão.

Para o senso comum que dita a cartilha da tradicional crônica esportiva a temporada foi muito irregular, os times oscilaram demais e o clichê “ninguém quer ser campeão” é repetido sem parcimônia. Na minha opinião, no entanto, o Corinthians domina o campeonato com algum conforto, inclusive.

Justifico-me.

Outro raciocínio que virou chavão pelos comentaristas de futebol é que em pontos corridos todo time inevitavelmente passará por uma fase ruim e terá que saber lidar com ela. Pois bem, o Corinthians a teve.

O mais ilustre agraciado com uma casa própria do governo perdeu pontos imperdoáveis (como empate com o Ceará e derrotas para Figueirense e Botafogo em casa), e viu emergir uma pequena crise quando perdeu para Fluminense e Santos e teve o capitão limado pelo técnico antes do clássico contra o São Paulo.

Será que o Corinthians foi tão inconstante?

Mas a fase ruim do Corinthians foi pior para os outros 19 que viam o líder cambalear mas não tiveram força para derrubar. Ok, o Vasco tentou golpear ao assumir a ponta por algumas rodadas. Mas basta comparar as tabelas dos líderes para perceber que o trem bala da colina ainda não jogou nenhum clássico no segundo turno, e vai ter confrontos supostamente mais robustos que o Corinthians até o fim da campanha.

Afora tabela e chances matemáticas (ambas tão favoráveis ao Corinthians quanto traiçoeiras), alguns momentos da campanha corintiana me fazem ter a certeza que esse time é o campeão - sem nenhuma fundamentação teórica, simplesmente um pretencioso feeling, apresento-lhes:

O primeiro, mais distante, é o mais doloroso. O tempo provou que a retranca que Tite armou no empate de 0 x 0 com o São Paulo no Morumbi foi bem sucedida. Jogar para não perder aquele jogo, por mais pequeno que seja esse pensamento foi o mais certo. O time recuperou a confiança e ganhou uma nova zaga.

O segundo momento é o empate na bacia das almas no Beira-Rio há duas rodadas. Empatar jogo praticamente perdido contra o Inter a esta altura do campeonato é sintoma de time campeão. Por último, o último momento. Virar o jogo com um jogador a menos, em casa contra o Avaí é obrigação? Pois bem, o Corinthians cumpriu sua obrigação de campeão.

Outros fatores alimentam esta minha certeza, como o trabalho do Tite (que tenho achado muito consistente), os rivais (Vasco não tem time para levar Copa do Brasil e Brasileiro, e o Botafogo é o Botafogo, sem mais), e o bom elenco com bons jogadores em todas as posições.

Enfim... não torcerei para que minha tese se confirme.

E aí? Tô virando a casaca? Quem você acha que será o Campeão? Meus argumentos são fracos? O PVC e o Tristão Garcia manjam mais que eu? Bota a boca no trombone e comenta aí...

quinta-feira, 4 de março de 2010

Rio Claro 1 x 0 Palmeiras

Consciente de que este Blog se transformou num manifesto anti-palestrino, reforçarei esta tese e deixarei a seguir o depoimento orgulhoso de alguém viu o humilde time de sua cidade (não mais do que o time da cidade) derrubar o favorito e tradicional Palmeiras, numa partida épica:

Em dia que o Galo azul é anfitrião de time grande, os arredores do estádio recebem um contingente incomum para a pacata Rio Claro. Com o ingresso garantido cheguei ao Schimitão perto do horário do jogo. As ruas estavam lotadas de Palmeirenses, com a esperança e o falso orgulho de sempre.
Quem me via como um dos raros pontos azuis espalhados pela multidão verde podia imaginar que eu estava acanhado ou diminuído. Não estava. O fato de torcer pelo São Paulo F.C. (a cima de tudo) me garantia uma espécie de soberba justificável que eu carregava sem demonstrar.

O fato de estar sentado no meio de uma maioria palmeirense, sozinho, deu uma emoção surreal ao jogo. .....