domingo, 30 de novembro de 2008

Todos, menos o Fluminense!

Fim da penúltima rodada do Brasileirão, e a decisão ficou mesmo para a rodada derradeira. O grito são-paulino permanece entalado na garganta, ainda é amplamente favorito, mas o gostinho de frustração ficou.

Duas coisas se evidenciam, para mim, depois dos jogos de hoje: as insistentes trapalhadas da imprensa esportiva, e o sentimento de incapacidade são-paulina diante do Fluminense.

Não venho aqui para criticar jornalistas e comentaristas, apenas concluir que o futebol não é exato como os números, e nem intuitivo (até é mais intuitivo que matemático, mas ainda é pouco) como previsões mirabolantes. Futebol é gol contra, erro de juiz, motivação, é o São Paulo que tira 11 pontos, o Grêmio que alterna goleadas contra e a favor.
A mídia em geral, depois de esquecer o São Paulo durante o campeonato todo, e apostar em pelo menos outros 4 times para levar o troféu, na última semana, com o certame ainda em aberto, veiculou precipitadamente uma série de reportagens especiais como se o São Paulo já tivesse assegurado o caneco. Não que tenham errado de novo, mas não era a hora. Como voltar atrás e retomar o discurso do equilíbrio agora, na maior cara-de-pau?

O São Paulo ainda tem tudo para ser o campeão, e mesmo que não seja já vai ter provado pra todos os outros times que é o mais competitivo do Brasil (há alguns anos). A arrancada do segundo turno o credencia a ser considerado melhor time, mesmo no caso de uma tragédia (título gaúcho). Ainda que tenha perdido nos dois embates contra o Grêmio (um resultado diferente e já teríamos o campeonato consumado), não são eles que me incomodam.

Tudo se encaminhava para uma Libertadores apoteótica do São Paulo, no mata-mata a equipe ganhava “corpo”, e Adriano brilhava com um gol à cada jogo. Com um joguinho bem inferior, o Fluminense nos eliminou, de uma forma inesquecível, situação que eu classifiquei como a derrota mais traumática da minha vida de torcedor.

No primeiro turno do Brasileiro, no Maracanã, o São Paulo abriu o placar, mas Washington brincou na defesa paulista, e aplicou um pequeno sacode.
Agora, o circo tava montado, a festa era anunciada, 70 mil empurrando, aí vem de novo o Fluminense, jogando com uma vontade descomunal, vibrando a cada defesa, e fazendo “cera” para garantir um empate, e saem sorrindo do Morumbi.

Eu, “são-paulino praticante”, independente de título olho para 2008 com a cabeça erguida, se levar mais um campeonato no bolso, isso se potencializa mais, é claro. Me gabo em discussões com torcedores de todos os times, menos pra eles. Devo duas grandes frustrações do ano ao tricolor carioca, pequenos na final da Libertadores, e medíocres à beira da zona da degola, mas que sorriram ao lamento são-paulino.

Tonhão

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Foi Pênalti!

Novo vídeo é suposta prova da inocência de Simon:

Como o São Paulo acabou com o equilíbrio da ponta da tabela e fez questão de estragar a farra que a imprensa fazia por conta de um campeonato super competitivo, que se decidiria na última rodada, faltou assunto durante a semana.

O jeito foi polemizar com a superexposição de um lance discutível do jogo Cruzeiro 3 x 2 Flamengo. Engrossarei o coro:

Carlos Simon, para muitos (inclusive para FIFA) o melhor árbitro do Brasil, não deu um suposto pênalti do zagueiro Leo Fortunato do time mineiro sobre Diego Tardelli do Flamengo. E ainda expulsou o atacante pela reclamação.

Vamos separar as coisas:

Primeiro, por mais escandaloso que fosse o episódio, ninguém duvidaria das intenções de Simon, que já demonstrou estar à cima de qualquer suspeita. Até por isso não se justifica a choradeira dos cariocas, se o juiz errou, o rubro-negro errou mais. O Flamengo jogou mal, foi dominado pelo Cruzeiro, e merecia perder.

Imediatamente depois do lance, exceto o árbitro, não houve quem não considerasse a jogada faltosa, acho que até os cruzeirenses suspiraram contentes de alívio quando não ouviram o soar do apito de Simon. Jornalistas, comentaristas, ex-árbitros, torcedores, todos assinalariam a penalidade.

Aí o lance passou mais umas 200 vezes em 50 canais diferentes. Quando, enfim, alguém achou uma câmera de um ângulo oposto que mostrasse que Tardelli se jogou antes do encontrão. Caiu antes, mas não passou ileso do toque. Para mim o lance passou a ser duvidoso, interpretativo, mas a nova imagem não comprova nada

Foi pênalti. Talvez não tão flagrante como foi à primeira vista, mas é um lance faltoso. Se o atacante ficasse parado seria atropelado por Leo Fortunato. Houve o contato, o zagueirão caiu em cima do Tardelli, não foi o flamenguista quem primeiro encostou-se nele.

Simon não podia ver sob o ângulo da nova câmera, embora estivesse pertíssimo do lance. Então ele que não venha se vangloriar agora. Se todo mundo que viu o lance pelo mesmo ângulo, daria o pênalti, então foi pênalti.

Agora todo mundo mudou de idéia, mais um pouco e vão querer colocar uma placa em homenagem a Simon pelo lance, no Mineirão. Até que seria boa idéia, depois do gol de placa, seria o primeiro apito de placa.

Tonhão

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Marquinhos quer jogar a Libertadores ?

Vamo lá, o assunto é interessante mas a explanação é rápida, e a discussão também é bem objetiva:

O meia Marquinhos, destaque do Vitória nesse Campeonato Brasileiro, vive um dilema nessa semana. Não que ele esteja, nem que ele deva, estar preocupado, mas a situação é curiosa. Marquinhos já é propriedade da Traffic (parceira e mãe adotiva do Palmeiras), e foi acertado que ele jogará no Verdão ano que vem... No ano que vem, o Verdão pretende estar na Libertadores, e para isso basta que se confirme entre os quatro primeiros do Brasileirão.
Certamente, Marquinhos, que tem 18 anos, também adoraria disputar a vedete dos sulamericanos. Até aí tudo dentro dos conformes, o rapaz e seu próximo clube têm os mesmo planos para o futuro.
Só que pro Palmeiras e seu garoto prodígio realizarem o desejo de participar do torneio em 2009, Marquinhos precisa perder no jogo de domingo.


Pra mim, independente de qualquer coisa, o cara tem que cumprir com seus compromissos e se revestir de profissionalismo para o confronto. Ele será muito mais elogiado, inclusive pelo adversário de ocasião e próximo patrão, se fizer uma grande partida no domingo e levar seu atual clube ao triunfo.
Mas, sendo assim ficará de fora da Libertadores do ano que vem....
E aí? Será que a jovem promessa torce para uma derrota do próprio time em que estará em campo defendendo?

Tonhão!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Inter e Fluminense entram na briga pela Libertadores 2009


Sport, campeão da Copa do Brasil, e São Paulo, matematicamente garantido pelo campeonato brasileiro, já se asseguraram na próxima disputa da principal competição de futebol do hemisfério sul.

O normal seria que Grêmio, Palmeiras, Cruzeiro e Flamengo decidissem nas duas próximas rodadas as outras três vagas de direito aos clubes brasileiros melhores colocados no campeonato nacional.

Só que numa dessas confusões que só o futebol, e seus cartolas, podem explicar, Fluminense e Internacional credenciam-se a aparecer na Libertadores do ano que vem.

O Esquema
A origem do embróglio está no Peru. A organizada Federação Peruana de Futebol tem um presidente que, não sei porque razões políticas, o governo Federal do país não legitima. Portanto, o Estado peruano interveio e é quem tem tomado as decisões no futebol de lá. A FIFA, por sua vez, não reconhece uma Federação de Futebol, caso ela não seja absolutamente independente, portanto excluiu momentaneamente os clubes e a seleção do Peru das competições internacionais. O país tem direito a três vagas na Libertadores, e é aí que entram Internacional e Fluminense.

Pode ser mais uma daquelas especulações mirabolantes, ( como o que colocou o Vasco e Corinthians pra disputar o torneio de férias de 2000, que o Corinthians ganhou), mas o Fluminense se acha merecedor de ocupar uma das lacunas, por ser o atual vice-campeão do torneio continental. E o Inter reivindica uma oportunidade ao vencedor da Copa Sulamericana, que ele ainda disputa, e consensualmente é o favorito.
Não me agrada em nada essas mudanças de planos em cima da hora, soa à trambique, mutreta. Muito conveniente que dois grandes times, um que sonhava com a competição no ano de seu centenário, e o outro, que não sendo por esses meios, vai demorar mais algumas décadas para voltar à disputa continental, figurem entre os postulantes às vagas.

Caso não haja solução, e os times peruanos sejam mesmo excluídos, tem uma porrada de time que disputa aquela pré-libertadores, garimpem dali os clubes substitutos.

Tonhão

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Madson, o Foda

No dia 17 de agosto, no estádio Olímpico, em Porto Alegre, Grêmio e São Paulo abriam o segundo turno, numa partida que a imprensa alardeou como decisiva. Nem tanto para o Grêmio, que continuaria na liderança, mas para o São Paulo que exoneraria às pretensões de título. Àquela altura o tricolor gaúcho somava robustos 41 pontos, o paulista míseros 33. Oito pontos, que virariam 11, depois da vitória do time mandante. Alí o São Paulo dava adeus ao sonho de ser campeão.


E o Grêmio, mais líder do que nunca com seus 44 pontos, estaria fadado a disputar o Brasileirão com o gigante Flamengo, que havia liderado por muito tempo o campeonato, o surpreendente Vitória, que poderia aparecer como zebra, o envolvente Cruzeiro, que sempre esteve entre os primeiros, e principalmente com o favoritíssimo Palmeiras, time do grande parceiro, do maior investimento, o técnico sensação, e grande campeão Paulista.


De 17 de agosto para cá, foram feitas umas 15 projeções matemáticas com os principais estatísticos do país(veja) , em nenhuma o São Paulo liderava as chances de título. Quando o time do Morumbi se confirmou na liderança, acabaram as estatísticas percentuais, foi a vez de inventarem uma tabela que desconsiderava os erros da arbitragem. Desrespeitando uma das principais variáveis do futebol, a interpretação de cada juiz em cada jogo. Baseado em critérios quaisquer, com tantos ou mais erros que os árbitros de campo.


Do começo do returno pra cá, toda partida do Palmeiras, e do Grêmio decidia o título, ganhando proporcional destaque na cobertura futebolística. As tv´s, os jornais, e os jornalistas brasileiros não suportam a idéia de um tricampeão consecutivo. Chega, a torcida do São Paulo já comemorou demais, já estão acostumados, já não consomem mais informação do seu time, não estão mais empolgados em ler sobre a glória de sua equipe, não querem mais ficar vidrados na tv torcendo. E os torcedores de Grêmio, Palmeiras, Cruzeiro, Flamengo, entraram na onda, é claro. Todos Favoritos.
Nesse contexto que tem matemática vidente e tabela ideal, pode acrescentar também que empate em casa é bom resultado, que o gol contra a Portuguesa no último minuto foi sempre sorte, que o Inter entregou o jogo (só pro São Paulo, como se fosse impossível vencer seus reservas com o Morumbi lotado), que a tabela favoreceu (como se todos os times não enfrentassem os mesmo adversários, e como se alguém soubesse a situação dos times no final), que jogar em São Januário é um pesadelo infernal, e que durante jogo de hoje (Vasco e São Paulo) num último suspiro de possibilidade de não termos um tricampeão consecutivo no Brasil, um rapaz de pouco mais de 1,5m teria sua atuação louvada, e seria comparado ao Maradona.


É isso, na rodada de hoje, enquanto os gols de Grêmio e Vasco eram comemorados, e os de São Paulo e Vitória eram lamentados, o craque crusmaltino Madson era santificado pelo narrador e comentaristas na transmissão da Rede Globo, ele era última esperança de se sustentar a emoção neste campeonato tão emocionante. "Madson, O Foda", como ele mesmo se intitula (fez até uma tatuagem assim, como mostra a foto), não jogou mal, mas o culto repentino ao seu futebol, foi o ápice da minha indignação com a campanha anti-hegemonia no campeonato nacional.

Talvez esse tenha sido meu post mais parcial, mas é a minha resposta à parcialidade descarada que acompanhei, e que me incomodou muito nos últimos meses, na tv, nos jornais, nas rádios e na internet.

Tonhão

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Agora sim...


6 x 2 contra o time do melhor jogador do mundo em 2008, lindo jogo, mas não vou falar de nenhum dos 6 gols, nem comentar o desempenho de cada um dos 15 jogadores que entraram em campo com a amarelinha ontem, nem do esquentadinho Cristiano Ronaldo. O que me intriga é hoje, o dia seguinte a partida, a repercução, assim como os comentários que sucederam os desastrosos empates nas eliminatórias. Cheguei à algumas conclusões:

Há a necessidade da torcida de criticar o treinador da seleção. O que o corneta quer, na maioria das vezes, não é apontar os defeitos de quem ele recremina, mas sim chamar atenção para os seus "conhecimentos". Em resumo, falar mal é a maneira de mostrar que entende de futebol. E a nossa torcida é assim, certamente em muitos momentos também sou um desses.

Os comentaristas da imprensa, jogam no mesmo time da torcida. Eles até entendem (quem sou eu pra falar que não), mas cada vez mais turrões e teimosos, vêem até nas vitórias os detalhes que lhe convém. O Brasil ganhou no Chile: "o time mostrou vontade, e por isso ganhou". O Brasil empata em casa: "o treinador escalou mal, com ele não dá mais". O Brasil dá show na Venezuela: "o talento individual dos jogadores sobressaiu". Outro empate como anfitrião, e o treinador não sabe moldar o time para furar a retranca. Ontem o Brasil goleou Portugal: "maravilhoso, fantástico. Mas Portugal, também, veio sem vontade, abriu as pernas para nossa seleção". E hoje já vieram com essa explicação, "nossa, como o Brasil entrou em campo com um espírito de luta descomunal, muito além do apático Portugal, assim somos imbátiveis".

Quem tem a memória boa vai lembrar que nos empates contra Bolívia e Colômbia pelas elimatórias, não faltou vontade aos jogadores, todos correram muito, gananciaram os três pontos, mas com um time com vontade de jogar bola e outro com a mesma vontade de não deixar isso acontecer, o 0 x 0 é iminente.
Contra Portugal, o Brasil de fato encontrou um jogo mais aberto, e fez seis belos gols. Mas o Dunga é o mesmo dos empates pela eliminatória, a escalação é também bem parecida.
A principal conclusão que chego é que no futebol não dá pra tirar conclusões definitivas, cada jogo tem sua história. O time brasileiro é bom, Dunga é coerente, Luis Fabiano é o 9 ideal. Será que no próximo jogo eu não mudo de idéia?

Tonhão

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Os refugos do Flamengo

Ser o time com a maior torcida do mundo, não rende apenas popularidade. Recentemente, alguns dos nomes mais famosos do futebol internacional declararam o sonho de jogar sob a magia do manto rubro-negro, ser assistido por essa enorme nação apaixonada, e em alguns casos ser ídolo do time pelo qual torce.

Primeiro, foi Ronaldo, que, fora de forma, e aparentemente sem muitas ambições financeiras e competitivas na carreira, deu a entender que estaria na hora de realizar o desejo de jogar no time em que jogou seu ídolo, Zico. Já está se "recuperando" lá, e até treinou com a equipe algumas vezes. Se não pendurar as chuteiras de vez, há grandes chances do Fenômeno continuar na Gávea o ano que vem.

E hoje foi o dia de mais dois grandes craques se convidarem para entrar na lista de reforços do Flamengo para 2009.

O meio-campo holandês, Edgar Davids, de 35 anos, nunca escondeu que morre de amores pelo Brasil. Ele está em mais uma de suas frequentes visitas ao país, e assumiu que também sonha com a camisa rubro-negra, e passou da hora de ser contratado para desfilar seu futebol defendendo os cariocas.



Adriano, não está velho, pelo contrário, está em forma, e no alto de seus 26 anos. Mas a maneira que conduz sua carreira faz com que ele seja preterido pela maioria dos gigantes europeus. Resta a ele apelar aos carentes clubes brasileiros. Segundo um jornal italiano, o Imperador teve seu nome vinculado em negociações com Fluminense, Corinthians e São Paulo. Depois dos paulistas o descartarem, hoje, foi a vez dele descartar o Flu, e aproveitou para declarar seu amor ao clube que o revelou, e afirmar que só volta ao Rio, se for para o Mengo. Ou seja, Márcio Braga e Kléber Leite, já mexem (ou fingem que mexem) os pausinhos para trazer o atacante.

Fábio Luciano (que está no aposenta ou não aposenta), Kleberson, Marcelinho Paraíba, quem sabe Fenômeno, Davids, e Imperador...ainda tem Wagner Love que já soltou que queria fazer gols pelo Mengão.... para comandar esse elenco de estrelas (de)cadentes, ninguém melhor do que Wanderley Luxemburo. Luxa é outro super-star do futebol que já afiançou o desejo de retornar ao clube. Em crise no Palmeiras, e aparentemente no seu momento de maior desprestigio, não seria utopia os cariocas pensarem nele para treinador no ano que vem.


Será que vingaria um time com tantos refugos, é possível mesmo que eles apareçam?


Tonhão

domingo, 16 de novembro de 2008

Verde, esperança

Líder, o São Paulo não está vacilando, faz sua parte, e torce pelas escorregadas dos concorrentes pra se descolar um pouco mais na classificação. Mas, com o fim dos confrontos diretos entre os primeiros colocados, agora, o tricolor é quem tem os jogos mais difíceis. Vasco, desesperado em São Januário. Fluminense, também sufocado pelo funil do rebaixamento, pelo menos com o Morumbi lotado. E sai para jogar contra o Goiás, na rodada derradeira. Se Palmeiras, Cruzeiro e Flamengo ainda tivessem chances, também fariam (teoricamente) partidas mais tranquilas que essa trinca do São Paulo. Já o Grêmio, tem Vitória e Ipatinga fora, e fecha o campeonato contra o Atlético MG no Olímpico. Só perde um desses jogos com muita desatenção.


To meio assustado com o Grêmio. Os gaúchos já calaram a minha boca, apostei neles fora da libertadores e sustentei essa opinião até bem pouco tempo, não fosse a confiança que o São Paulo tem passado, eu já poderia colocá-los com chances iguais de título.


E o Palmeiras? A torcida do Verdão sofre porque quer. Deslumbrados demais. Qualquer vitória transforma o time no melhor do Brasil. Um campeonato Paulista, e é o melhor elenco do país. Um bom técnico é motivo para apostar em tríplice coroa. Dá pra contar nos dedos a quantidade de jogos em que o Palmeiras jogou bem nesse campeonato, e mesmo assim a torcida acha que o título é obrigação. Se percebessem, que o time não ia tão bem, não estariam fazendo algazarra em aeroporto, trocando sopapo com o melhor técnico do país. Se fossem conscientes, estariam enchendo o Palestra, orgulhosos da chance de disputar mais uma Libertadores. Não sei se a cor verde é sinônimo de esperança antes ou depois da torcida do Palmeiras existir. Se foi antes, o verde (esperança) encaixou bem aos palestrinos, e se foi depois, deve ter se inspirado neles.



Tonhão


quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Richarlisson no Corinthians?

Já faz um tempo, que, mesmo sem muito destaque, há um burburinho sobre a transferência do volante Richarlisson, do São Paulo, para o Corinthians.

O meia não vem sendo aproveitado no elenco tricolor, e pela versatilidade que tem, pelo esforço que demonstra, isso segundo muita gente, inclusive do técnico da seleção brasileira, ele cairia bem no timão, e em muitos outros times brasileiros e extrangeiros. Particularmente, acho o Ricky muito grosso, pouco inteligente, e por isso torço para que o negócio se concretize. Além de não ter mais que me enfurecer com as besteiras que ele sempre faz no São Paulo, vou poder vê-lo afundando um rival. E é claro que por mais que os comentários sobre a sexualidade do jogador não me encomodem nenhum pouco, se ele soubesse simplismente jogar bola eu seria o primeiro a denfendê-lo, seria interessante observar a reação do pessoal que o recrimina, e recrima tolamente o São Paulo por tê-lo, agora, sendo obrigado a torcer pelo Ricky.

Douglas em troca

Hoje foi especulado mais um capitulo desse negócio, segundo à Rádio Jovem Pan, o São Paulo teria exigido o meio-campo Douglas em troca do seu volante. Seria um troca-troca, interessante, para o Richarlisson ( alguém falou um dia que ele gosta dessa história de troca), para o São Paulo, que busca há muito tempo um jogador dessas caracteristicas, e para o Corinthians, carente de volantes e coringas, e que ainda teria Morais para a função do Douglas.

Por enquanto é só especulação, mas e aí? O que acham do Ricky vestindo a camisa roxa do Timão o ano que vem? A Fiel gritaria o nome dele?



Tonhão!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Anomalia

Os Gols da Rodada


No sábado, num jogo daqueles de mostrar ao campeonato que tá mesmo decidido a ser campeão, e que pra isso é preciso contar com a "sorte" , o São Paulo, mesmo garfado pela arbitragem, ganhou do bom time da Lusa, fora de casa.
O tricolor faz sua parte, não perde há 13 jogos, tem ganhado fora de casa, enfim, vou esperar mais umas duas rodadas pra ver se posso falar o que estou segurando. E a briosa não merece estar onde está, até porque considero o time da Lusa tão bom ou melhor que o do Grêmio ( já falo deles).

O mengo, num outro jogo difícil e suado, jantou o Botafogo, que dessa vez se superou, começou a choradeira antes mesmo do confronto, queria jogar no "caldeirão" Engenhão. Clássico no Rio tem que ser no Maracanã, e pronto. É mais seguro, mais rentável, e o espetáculo é muito mais bonito. Além de ser neutro.

O Cruzeiro também fez sua parte, foi magro, mas ganhou do Flu, em Minas. E assim como o Flamengo, mantém-se na briga pela vaga na Libertadores.

Palmeiras x Grêmio.
O time do Grêmio no papel é asqueroso, e com a bola rolando é pior ainda. Que dirá os reservas (Juniores) dessa bisonha equipe. Acho que a única anomalia que o torneio de pontos corridos produziu no Brasil, até agora, é essa persistência dos gaúchos na ponta de cima da classificação. E ainda os descarto como postulantes legítimos do título, mas já imagino que seja difícil que caiam muito, seus próximos jogos são os mais faceis.
Depois de perder pro time B do Grêmio com Palestra cheio, tá explicado porque o Palmeiras comemorou tanto o empate com o São Paulo, em casa.

Tonhão

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Surreal II

Não bastasse Luxa comentando o jogo do próprio time, a noite de futebol de ontem, que tinha tudo pra passar despercebida pela falta de apelo que tinham os jogos, reservou mais uma bizarrice.

O retardado ( e esse cara é retardado mesmo)André Luis do Botafogo (não é de se estranhar a choradeira) , ao ser expulso, arrancou o cartão amarelo que o arbitro lhe erguia pela segunda vez, revidou a sinalização e ainda não quis devolver o objeto ao juizão.

No vídeo, a atitude do brincalhão vida-loka e alguns de seus inspiradores, vale a pena ver:



Tonhão!

Surreal

Aposto que pouquíssimos de nós perderam tempo para assistir ao jogo do Palmeiras pela Sul-americana, nesta quarta-feira. O Verdão foi surpreendido aqui, aí se fez de desentendido, fingiu que a tríplice coroa não passava de uma utopia besta, e confirmou sua eliminação com um 2 x 0 tranquilo, para esforçado Argentinos Jrs. Ta certo, o time tem reais chances de levar o título brasileiro, joga uma decisão no domingo, não tem porque se arriscar num campeonato de segundo escalão. Mas, que antes do primeiro jogo das quartas-de-final, o Palmeiras gananciava, até com certo orgulho, o triunfo continental, não se pode esconder.

Resultado e eliminação à parte, a única coisa que fez da transmissão desse jogo tão desinteressante, um pouco mais atraente, foi a participação do técnico Vanderley Luxemburgo como comentarista da TV Globo.
Demonstrando todo o desdém que adotou para essa partida na Argentina, o técnico do Palmeiras nem viajou com a equipe (reserva), e foi até os estúdios da emissora para avaliar o seu próprio trabalho, ao vivo.
Foi no mínimo exótico assistir ao Falcão analisando às táticas, estando ao lado do responsavel por elas. E ao mesmo tempo surreal, ouvir o técnico palpitar sobre mudanças que caberia a ele mesmo fazer.

Interessante... Luxa gosta de uma aparecidinha a mais, e a Globo não tinha muito mais o que mudar para tentar promover um confronto tão morno. Mas, há quem diga que foi desprezo demais do treinador com o campeonato, e, também, há um ou outro que pode avaliar que tenha sido constrangedor, e(ou) limitante, para o comentarista Falcão fazer suas criticas. Achei criativo.

Pra quem não viu, e muita gente não deve ter tido coragem de assistir, aí está a participação do luxa e os dois gols da partida :

terça-feira, 4 de novembro de 2008

A imbecil projeção matemática no futebol

Já há algumas rodadas que uma série de matérias, principalmente na Globo, vêm me irritando. Na verdade, em outros anos, e outros campeonatos, já me incomodavam, mas nesse ano, com o equilíbrio singular que o Brasileirão tem delatado, é insuportável ler matérias do tipo "Segundo o matemático fulano, Grêmio tem mais chances de ser campeão".
Matemático sabe quem são os jogadores pendurados? sabe qual dos atletas de cada time está mais motivado? Sabe como está o condicionamento físico de determinada equipe? Sabe que o juiz pode não enxergar um penalte? Matemático sabe se vai chover? Se o técnico vai acertar uma substituição forçada? Mesmo que o estatístico seja uma autoridade em probabilidade, e considere todas essas variaveis (e mais algumas), e além de tudo isso, ainda seja um profundo pesquisador de futebol, ele vai errar!

Dê uma olhada :

O gráfico mostra as chances matemáticas divulgadas na Globo.com, nas últimas 6 rodadas. E mostra também o quanto é débil esse sistema de análise do futebol. Há 4 rodadas o São Paulo tinha 3% de chances de ser campeão, e o Grêmio 40%, se essas probabilidades servissem ao futebol como acontece em outros setores da sociedade, o tricolor do Morumbi já podia entregar a paçoca. Na rodada 31, os próprios Gaúchos alcançaram ao cume de suas chances matemáticas, dois jogos depois, cairam mais de 30%.

É clichê, mas é pertinente: "Futebol não é ciência exata". Não consigo entender porque fazem essas projeções, em uma rodada tudo muda, e o que se tinha orçado é desmentido por um novo cálculo. Nunca tive o cuidado nem de projetar o campeonato sob essa ótica. Nem olhando a tabela, os próximos jogos e os mandos de campo, se consegue chegar a uma lógica. Até a "pinta de campeão", o "clima" da equipe, que são absolutamente subjetivos, são muito mais exatos no futebol que a ciência exata.

Tonhão!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Só dá São Paulo

Ao contrário do que muita gente pode imaginar, o título deste texto não está diretamente ligado a minha declarada parcialidade. Quando afirmo "Só dá São Paulo", quero dizer que Corinthians, Santos e Palmeiras fazem parte do contexto que trará, pelo quinto ano seguido, o campeonato BRASILEIRO, para um time PAULISTA.

Demorei pra dar um palpite sobre o título, a única coisa que eu sempre afirmei era a fragilidade do Grêmio, que ainda acredito que não sairá dos limites nacionais para disputar campeonatos no primeiro semestre do ano que vem. Nada de Libertadores para os Gaúchos.

Desde o primeiro turno eu já descartava o tricolor gaúcho como campeão, mesmo eles estando na ponta da classificação, agora, faltando 5 jogos a cada time, já posso dizer que ignoro também Flamengo e Cruzeiro das projeções de triunfo no campeonato. Mais do que isso não dá, arriscar O vencedor é tarefa impossivel ainda, Palmeiras e São Paulo, infalivelmente, levarão a disputa até a última rodada.

Tonhão!

(assista aos gols da rodada no vídeo ao lado)