domingo, 30 de novembro de 2008

Todos, menos o Fluminense!

Fim da penúltima rodada do Brasileirão, e a decisão ficou mesmo para a rodada derradeira. O grito são-paulino permanece entalado na garganta, ainda é amplamente favorito, mas o gostinho de frustração ficou.

Duas coisas se evidenciam, para mim, depois dos jogos de hoje: as insistentes trapalhadas da imprensa esportiva, e o sentimento de incapacidade são-paulina diante do Fluminense.

Não venho aqui para criticar jornalistas e comentaristas, apenas concluir que o futebol não é exato como os números, e nem intuitivo (até é mais intuitivo que matemático, mas ainda é pouco) como previsões mirabolantes. Futebol é gol contra, erro de juiz, motivação, é o São Paulo que tira 11 pontos, o Grêmio que alterna goleadas contra e a favor.
A mídia em geral, depois de esquecer o São Paulo durante o campeonato todo, e apostar em pelo menos outros 4 times para levar o troféu, na última semana, com o certame ainda em aberto, veiculou precipitadamente uma série de reportagens especiais como se o São Paulo já tivesse assegurado o caneco. Não que tenham errado de novo, mas não era a hora. Como voltar atrás e retomar o discurso do equilíbrio agora, na maior cara-de-pau?

O São Paulo ainda tem tudo para ser o campeão, e mesmo que não seja já vai ter provado pra todos os outros times que é o mais competitivo do Brasil (há alguns anos). A arrancada do segundo turno o credencia a ser considerado melhor time, mesmo no caso de uma tragédia (título gaúcho). Ainda que tenha perdido nos dois embates contra o Grêmio (um resultado diferente e já teríamos o campeonato consumado), não são eles que me incomodam.

Tudo se encaminhava para uma Libertadores apoteótica do São Paulo, no mata-mata a equipe ganhava “corpo”, e Adriano brilhava com um gol à cada jogo. Com um joguinho bem inferior, o Fluminense nos eliminou, de uma forma inesquecível, situação que eu classifiquei como a derrota mais traumática da minha vida de torcedor.

No primeiro turno do Brasileiro, no Maracanã, o São Paulo abriu o placar, mas Washington brincou na defesa paulista, e aplicou um pequeno sacode.
Agora, o circo tava montado, a festa era anunciada, 70 mil empurrando, aí vem de novo o Fluminense, jogando com uma vontade descomunal, vibrando a cada defesa, e fazendo “cera” para garantir um empate, e saem sorrindo do Morumbi.

Eu, “são-paulino praticante”, independente de título olho para 2008 com a cabeça erguida, se levar mais um campeonato no bolso, isso se potencializa mais, é claro. Me gabo em discussões com torcedores de todos os times, menos pra eles. Devo duas grandes frustrações do ano ao tricolor carioca, pequenos na final da Libertadores, e medíocres à beira da zona da degola, mas que sorriram ao lamento são-paulino.

Tonhão

Um comentário:

Anônimo disse...

Acho que entendi o que vc quis dizer com “são-paulino praticante", de certa maneira foi redundante.

abraços