quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O balanço de 2009 e o que esperar de 2010

Em meio a negócios e especulações de praxe da época, o ano de 2009 termina com as torcidas paulistas muito mais preocupadas e ansiosas com a próxima temporada do que se vangloriando pelas conquistas do ano.

Até porque o único clube de São Paulo a ser campeão neste ano foi o Corinthians. Mas, excetuando-se o Campeonato Paulista, que pra mim continuará sendo pré-temporada enquanto o calendário for esse, a única conquista do Timão já tivera sido mais comemorada pelo que traria no futuro, pela garantia da vaga na Libertadores, do que a do próprio rótulo de atual campeão da Copa do Brasil.

Santos: Fez bonito no Paulista, se arrastou no Brasileiro e termina a temporada cheio de dúvidas e esperanças com a eleição do novo presidente. A mudança deve ser grande na Vila, não sei não, pra mim, 2010 pode ser trágico para o peixe. Um cenário parecido com o que aconteceu recentemente com o Corinthians e com o Vasco parece estar se desenhando com o Santos.

Corinthians: Teve um primeiro semestre dos sonhos. Voltara da série B, com um herói nacional no time e ganhou as duas competições que disputou jogando muita bola. E o Ronaldo brilhou muito, deixando até os mais orgulhosos anti-corinthianos com inveja. Mas tô com a impressão, muito reforçada pelo vexame a que o time se prestou no segundo semestre, de que o Timão se deslumbrou. Tá colocando muita pilha numa difícil conquista da Libertadores no centenário. O time que estão montando tem bons jogadores, muitos para a mesma posição, talvez. Pelas fichas apostadas na Libertadores, as projeções corinthianas para 2010 passam por uma dicotomia clássica: se for campeão continental será mágico, se perder, independente das circunstâncias, será trágico. Arriscado.

São Paulo: Foi mesmo um ano atípico pela falta de títulos. A mudança de Muricy para Ricardo Gomes, ao contrário do que se imaginava, fez muito bem ao tricolor. Disputar o título e conseguir uma vaga direta para Libertadores foi terminar de formaa absolutamente honrosa uma temporada fraca. Como tem sido rotina nas últimas temporadas, não consigo tirar o São Paulo de qualquer grupo de favoritos dos campeonatos que disputará.

Palmeiras: Esse sim. O Papai Noel dos rivais. Assumiu a liderança e foi campeão brasileiro. Contratou Muricy, campeão. Chegou Vagner Love, campeão, não tem pra ninguém. Ganhou de virada do Santos, aí a torcida soltou o grito da garganta, extravasou os 10 anos de fila, "É campeão". Pois é, mas quando Santos, São Paulo e Corinthians se viam sem motivo para festa no final do ano, eis que o time "campeão" brasileiro, que por mais rodadas liderou o certame, fica de fora, inclusive, da Libertadores. Não sei o que esperar do Palmeiras em 2010.


É isso, ano que vem tem Copa do Mundo, Corinthians e São Paulo com grandes chances na Libertadores, muito assunto pra discutir... Nos encontramos aqui no Desempate, até lá.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O Lance! contra todos

Pra mim, esse caso Guiñazu está sendo emblemático e no final, definido o futuro do volante argentino, teremos uma resposta para a credibilidade do maior diário esportivo do país.
Atualmente toda imprensa despreza a possibilidade de transferência e, numa resposta a suposta exclusividade na informação dada pelo Lance!, tratam o assunto como especulação, o que não é, diga-se, costume do jornalismo esportivo brasileiro.

Os próprios dirigentes dos dois clubes envolvidos, segundo todos os veículos de imprensa(inclusive o Lance!), negam taxativamente a negociação.

Apesar disso, contra tudo que se tem de concreto até o momento, o Lance! sustenta sua apuração. A cópia da carta da procuração ao empresário feita pelo atleta em férias não quer dizer muita coisa, pelo menos pra mim.

Até mesmo na matéria em que trazem o trecho do diretor do clube gaúcho repudiando a informação que considera um "mal entendido", o jornal esportivo o contradiz e termina o texto com: "Nesta terça, Fabiano Ventura, com a proposta do São Paulo em mãos, marcou reunião com a diretoria do Inter, com a presença de Guiñazu, para fechar o acordo. O São Paulo espera que o jogador faça exames e seja anunciado ainda nesta semana."

Se o negócio vingar, o Lance! e principalmente o colunista Benjamim Back poderão bater no peito e orgulharem-se de ter informado com exclusividade e coragem a mais interessante transação do futebol brasileiro nesta janela de negociações. O que também deflagrará o orgulho e incredibilidade de todos os outros meios de informação esportiva.

Caso tudo não passe de um mal entendido, ou pior, de uma invenção deste veículo de INFORMAÇÃO, ficará mais do que evidente a irresponsabilidade e descaso com que o Lance! trata seus leitores.

Enfim, só nos resta esperar para ver.

Senhores, farei um balanço de 2009, antes que ele acabe, esperem e visitem.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Presidente desesperado

Pelo menos quatro times ainda mantém chances reais de título, faltando quatro rodadas para o término do campeonato brasileiro.
Mas o Palmeiras, o time que parecia que não desceria do topo da tabela de jeito nenhum, ruiu, tremeu, desestabilizou. Não são os adversários quem falam, muito menos os comentaristas, quem me dera ser eu o dono de tal raciocínio irresponsavelmente arriscado... Até porque a diferença de um ponto é praticamente insignificante nessa altura de um campeonato que neste ano tem a instabilidade e imprevisibilidade no DNA.

Quem demonstra todo o desespero que atinge o Palestra é justamente a autoridade máxima dentro de um clube de futebol, o cara que exerce um cargo prioritariamente Político dentro da sociedade esportiva, e que, por acaso, neste clube específico, é um baita de um administrador, intelectual reconhecido... Deu a loca no presidente Belluzzo, ele foi o primeiro a acusar o golpe.

Uma pausa para uma observação indiscutível: Se um lance como o do gol anulado pelo Simon, fosse numa pelada de futebol de firma, num churrasco de sábado a tarde, de um time de camisa contra um sem camisa, sem juiz, com meia dúzia jogando descalço, e o time daquele cara mais chorão tivesse sofrido um gol como o feito pelo Obina, não passaria pela cabeça desse cara, que pede até reversão em lateral, reclamar de falta no lance.
Pra mim, e pra torcida do Flamengo (será?), a anulação foi uma aberração sem igual.
Acredito no mínimo de bom senso dos três ou quatro que leem este post: esse fato é absolutamente inquestionável.
Pronto.

Mas nem isso justifica a fúria do mandatário palmeirense. Pra que isso? Ainda tem quatro jogos, ganhe-os, comemore o título e ofereça-o para quem quiser.

Um intelectual já de uma certa idade chamando um juiz de futebol pra porrada é surreal.
Só o Palmeiras foi prejudicado pela arbitragem? E quando foi beneficiado? Que méritos teve o Palmeiras nesse jogo para garantir que um gol no primeiro tempo asseguraria a vitória? Que futebol tem jogado o Palmeiras para insinuar que está perdendo pontos por um complô, conspiração, sei lá?


Eu ainda acho provável , para minha decepção, que o verdão leve esse campeonato. Tão provável para eles, quanto é possível para São Paulo, Flamengo e Atlético MG. Não há nada perdido, só não está ganho como já esteve.

Não precisa dessa reação insana da diretoria. É incompreensível. Belluzzo conseguiu tirar o rótulo de vilão do Simon para colocar em si.


Sobre o São Paulo, que agora está líder: Não estou satisfeito. Não sou ranzinza, nem corneta, talvez seja mal acostumado como a grande maioria dos são-paulinos, mas tenho convicção de que o tricolor só está líder por completa incompetência dos outros 19 times. Ainda não vejo muitos méritos que façam um time, que está mais preocupado com renovação de contrato do que em ganhar o título, merecer esta posição.

O único orgulho é abrir o baú de comentários do começo do ano, reler notícias velhas e perceber que para o cenário que estava desenhado, já chegamos longe demais.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Sem campeão

Caso alguém tenha se dado conta do ostracismo que acometera esse blog nas ultimas semanas e tenha sentido falta de uma atualização, desculpe-me.

Bora falar dessa classificação de Brasileirão em que 6 pontos separam o primeiro do sexto colocado, a 7 rodadas do fim.

Pode parecer confortável não arriscar palpite numa situação dessa, mas antes omisso do que especulador.

Quem dispensa sua paciência para ler as baboseiras que falo neste blog sabe que duas coisas me revoltam, chances matemáticas e comentaristas de momento, as duas juntas então... e elas combinam.

Os 5 pontos de vantagem do Palmeiras evaporaram. E o campeão virtual, com folgas, agora é o menos badalado dos 6. Claro, depois de uma rodada em que, dos 6, foi o único a não ganhar. Não deveria ser assim. A experiência de campeonatos de pontos corridos e a percepção quase unânime da falta de um grande time deviam nos ensinar que é sempre prematuro vaticinar campeões antes das rodadas decisivas. Seja o Palmeiras que lidera há muito tempo, São Paulo e Flamengo com suas arrancadas, ou o Inter que era o Campeão antes do campeonato começar.

Se perder esse jogo pode dar adeus, se ganhar vai ser difícil segurar. Tal rodada é fundamental para as pretensões de tal clube...


E qual desses times da ponta não perdeu numa dessas rodadas fundamentais para suas pretensões de título? Qual deles já não foi desacreditado da briga pelo caneco?
Ou seja, temos, até agora, um campeonato sem campeão, ou então com vários campeões longo do certame.

Até por isso.... (vamo lá: quem me lê, sabe que tem mais uma coisa que me revolta, além da matemática e do comentário oportunista, o que também me indigna muito é a torcida do Palmeiras).
Voltando... até por isso, nenhuma torcida pode ser tão pretensiosa a ponto de gritar "é campeão" a dez rodadas do fim da competição, como fizeram nossos ilustres colegas palestrinos nos instantes finais da vitória contra o Santos na Vila Belmiro.
De antemão, ressalvo, e já escrevi sobre isso aqui, que não sou muito fã do tal do "campeão voltou" em cada gol do São Paulo, e também não descarto que ao final do campeonato se descubra que os palmeirenses da Vila tinham razão. É só uma questão de prudência, que pode ter sido esquecida dada a ansiedade de um clube que não sente o gosto de um Título (com T maiúsculo mesmo) há 10 anos.

Mas o verdão ainda é o que mantêm mais chances. Por que? Porque ainda é o que tem mais pontos. Só que não dá nem para descartar uma trágica ausência palmeirense na Libertadores. Também não tenho coragem de afirmar que o Cruzeiro (sexto colocado, mas de melhor campanha no returno) não será campeão. Sei lá, vai saber.

Acho que o único palpite que tento arriscar é sobre o time pelo qual torço. A experiência de 3 anos seguidos sentindo o gosto de uma equipe que deixava transparente a sina de campeã, mesmo distante da ponta, me faz estar bem mais cético quanto as chances do tricolor esse ano. O São Paulo de 2009 não demonstra clima nem postura de vencedor. Por isso não acredito no tetra-hepta. Mas também não desconsidero essa hipótese. Simplesmente porque todos os outros passam a mesma impressão.

A persistir essa regular irregularidade na ponta, seja lá quem for o campeão, não terá cara de campeão. O que é bom para o campeonato, ainda mais quando discute-se a sobrevivência da fórmula de disputa por pontos corridos. E esse possível retrocesso é o gancho da discussão do próximo post... Até lá!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Desafio

Bem, apesar de estar em falta com uma periodicidade mais consistente, pretendo ser objetivo, e fugir um pouco da discussão clubística. Em breve eu venho com uma análise mais detalhada sobre o desenrolar do campeonato Brasileiro. Hoje, seleção:

1- Dunga comprova a cada convocação e jogo que é um excelente comandante. Ao passo que também confirma a cada entrevista que é uma figura antipática e excessivamente agressiva com os repórteres.

2- Assisti à uma entrevista com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, no Arena SPOTV. Tive uma surpresa e foi uma surpresa positivíssima. Ok, sabemos todos que ele não liga muito para democracia, o que é lamentável, e que ele também não vai largar o osso tão cedo. Mas o cara tem uma visão de gestão esportiva muito fundamentada, e respondeu ao crivo comandado pelo Kléber Machado lançando mão de respostas coerêntes e taxativas a todo instante. Copa do Mundo, mudança de calendário, economia dos clubes e da própria CBF, tudo muito bem explicado e argumentado. Não me lembro de ter visto outra entrevista de tanto tempo do mandatário do futebol brasileiro, por isso, agora que o conheço melhor, posso dizer que ele está longe de ser o monstro pintado pela maioria da crônica esportiva.

3- A Argentina tem de ir pra Copa. Pra mim, hermanos são parte do roteiro obrigatório que eu gosto de acompanhar no mundial. Rivalidade só é interessante se alimentada. E eles vão, mesmo com uma mula de agasalho sentada no banco de reservas.

4- O Brasil está bem demais, voando. Em 2005 também estava. Então, é bom lembrar que Copa é outra realidade. Nada de favoritismo.

5- Por último, o mais gritante sobre o selecionado nacional. E é a pergunta que ficará para análise de vocês, caros colaboradores deste blog, nos comentários.
Trago o desafio que lancei no meu twitter ainda durante o primeiro tempo do jogo contra o Chile, valendo uma TV LCD de 32'' para quem conseguir responder: O que faz Nilmar ser reserva do Robinho na seleção brasileira?

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Irreconhecível

Já escrevia as primeiras linhas desse post, que não eram essas, óbvio, quando um palmeirense soprou no meu ouvido aqui do lado que a lenda da volta do Vagner Love dessa vez não foi historinha de meio de ano, como sempre acontece desde que ele saiu e que acontece com tantos outros que são boatos obrigatórios nessa época de transferências... enfim, um bom reforço, principalmente pelo histórico no clube, o que faz os palmeirenses sorrirem num misto de satisfação e alívio, como esboçou o colega que me comunicou a novidade.
Outro palmeirense, dia desses, ofendeu-se por eu ter comparado o Love no Palmeiras ao que é Dentinho, ou ao que foi Herrera, no Corinthians. Injustificável a cólera do palestrino. Alguém com um mínimo de inteligência e tato para o futebol vai perceber que a julgar pelos campeonatos que disputaram pelos dois times, os dois tem muito em comum. Deixando as provocações de lado, V.Love vem pra ser um dos melhores atacantes do Brasil.

Agora, vou voltar ao meu intento inicial, ao assunto que me motivou uma nova postagem.

O ano passado o São Paulo chegava ao confronto com o Palmeiras no segundo turno no Brasileiro totalmente desenganado. Em má fase, longe da disputa, e ainda via o Verdão e o Grêmio encabeçando a disputa.
Jogo no Palestra Itália, lembro-me nitidamente do favoritismo (até que justificável) entregue ao time da casa.
Diferente da trajetória àquele momento, o São Paulo entrou em campo imponente. Em poucos minutos Rogério abria o placar de penalti. O tricolor chegou a abrir 2 x 0 e dominou o jogo. Em lances individuais de Denilson e Kléber o Palmeiras chegou ao empate no finalzinho. Quem comemorou o jogo foi o Palmeiras, embora fosse favorito e jogasse em casa. Sim, mas ficou no São Paulo até pelo estranha felicidade do adversário a sensação que as coisas poderiam ser melhores... a história a partir desse jogo todo mundo conhece.

Esse ano, embora ainda esteja atrás na tabela, o São Paulo vem em boa fase (salvo último jogo) e joga em casa. Um vitória, e tricolor tira a diferença de pontos e pode ser estimulado tanto ou mais que o embate do ano passado. Os ventos sopram muito mais a favor esse ano. Mas estou desconfiado.
Até por isso, MEU desenho é outro esse ano. Temo, sinceramente, pela força de um Muricy do outro lado. Temo também pela onda "campeão voltou" do próprio São Paulo, até o Palmeiras que nunca me meteu medo, motivado pela chegada do Love e pela vitória sobre o Inter, me assusta.
Não estou procurando desculpas antecipadas, mas o São Paulo já provou o que tinha de provar esse ano, a reação fulminante deixou boquiaberto o universo do futebol. Mas, ao contrário do que tanto critiquei no ano passado, acho que comemorarei um eventual empate em casa esse ano.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Alô torcida carioca, aquele abraço!

Amanhã o Vasco da Gama receberá o Ipatinga no Maracanã para festa dos seus 111 anos de portentosa história. O cruzmaltino já vendeu mais de 56 mil ingressos antecipados para o jogo. Se vencer, chegará à última rodada do primeiro turno da segunda divisão com 39 pontos, igualando a invejada campanha do Corinthians no ano passado.

O torcedor desse mesmo Vasco, que comemora 111 anos com boa campanha e Maracanã lotado, mas que disputa a segunda divisão, ironicamente é o único dos cariocas a se regozijar no momento futebolístico atual.

O claudicante Flamengo, entre trocas de técnicos, pressão de torcida, gols de Adriano e frangos do Bruno, deve permanecer na elite. Como figurante, outra vez.


Botafogo e Fluminense estão na zona do rebaixamento. O tricolor, alias, parece ter gostado do subsolo do Brasileirão. Desde o ano passado são raras as rodadas em que esteve fora da zona do desespero, deu sorte de uma dessas rodadas ter sido a última de 2008.
O alvinegro experimentou a segundona não faz muito tempo. O Flu foi já mais fundo, há 10 anos jogava a série C e só voltou do limbo por conta de uma daquelas das conhecidas ( e esperamos extintas) viradas de mesa.


De meados da década passada para cá, os clubes do Rio, de maneira geral, não fazem frente aos grandes de São Paulo. .

A configuração do futebol nacional, por regiões, mudou. Atualmente, até mineiros e gaúchos já aparecem como forças mais imponentes no cenário nacional. - Ok, algumas das últimas Copas do Brasil foram para o Rio (Fla em 2006 e Flu em 2007), mas até aí, Santo André e Jundiaí também abrigaram a taça.

O motivo do colapso? Talvez o amadorismo na administração. Talvez o descaso com a gestão do futebol. Talvez as medidas paliativas, como comprar jogador, mesmo sem dinheiro para pagar, em detrimento de investimento estruturais. Pode ser corrupção. Pode ser uma entressafra de jogadores da base... deve ser tudo isso.

Parece-me, portanto, surreal ver Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo juntos na série A nos próximos anos. Sempre vai ter um deles caindo ou não subindo.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Na minha opinião...

Depois da quarta-feira da primeira rodada do segundo turno:

O Goiás ainda não jogou. E o GOIÁS pode terminar a rodada como líder.

O líder ainda é o Palmeiras que não ganha há 4 jogos.

O Inter se mantém freguês do Corinthians, que ao contrário do que seu próprio técnico previa, demonstra que pode voltar a brigar na ponta de cima.
O Santos está reagindo, também ao contrário do que seu próprio técnico previa.
O Grêmio tem medo de sair de casa.
Fluminense, Sport e Botafogo brigam incansavelmente por uma vaga na série B. Otricolor carioca é o que melhor cumpre esse papel atualmente.
O São Paulo está a 1 ponto do líder. Há 4 rodadas eram 10. Há 9 jogos não perde, há 7 só ganha.
Só fatos. Nenhuma conlusão. Chega uma certa altura do ano que dá pra se abster de opiniar.
Não é sempre, só hoje.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O risco do sonho corinthiano

Gosto de lembrar trechos de alguns juízos que eu fiz recentemente para não parecer incoerente e também para poder criticar de cara limpa a crônica esportiva, que em linhas gerais ignora suas conclusões anteriores reciclando as análises ao sabor de uma simples mudança de placar, por exemplo.
Um sem número de jornalistas já deu o título brasileiro ao Inter/RS, Corinthians, Atlético/MG e Palmeiras, muitos transitaram entre eles, na maior cara-de-pau. E nem o primeiro turno acabou. Enfim, apesar de já ter cornetado, não era sobre isso especificamente que me propunha a falar quando decidi pelo post.

Vim pra falar do Corinthians. Para fazer minha mea culpa e resgatar uma frase que disse há uns meses atrás quando lamentava a crise no São Paulo: "Sorria corinthiano, o ano é seu". Pois é, nenhum fiasco no nacional apagará os incríveis primeiros seis meses do Timão, mas a julgar pela campanha medíocre que se anuncia no Brasileirão já dá pra avaliar que foi um grande ano, mas vai ter que dividir ele com mais alguém, corintiano.

Eu não acho nada razoável o discurso de dever cumprido da corintianada. Sou contra o descaso com o principal campeonato nacional, o desmanche inconsequente do time e principalmente esse obcecado projeto do título da libertadores no centenário.

Ao final da Copa do Brasil, o Corinthians tinha time e futebol para ser campeão brasileiro. Título notório que coroaria de vez o projeto alvinegro. Tá bom que precisa de dinheiro para tocar o projeto da Libertadores. Mas jogar a toalha de vez é o pecado. Ouvir o Mano dizer, antes da metade do campeonato, que o título é impossível é ridículo, salvo pela incomum e louvável sinceridade do comandante.

Vender André, Cristian e Douglas talvez fosse inevitável, mas o relaxamento dos que ficaram pode ser uma armadilha triste para o futuro. Mesmo sem título, manter o padrão até o final do ano significaria começar a Libertadores embalado, aliando ao clima centenário, acho que podia dar mais certo do que começar tudo do zero como está acontecendo. Principalmente pela enorme pressão que estão botando. Não dá pra apostar todas as fichas na Libertadores. A fiel lembra do timaço eliminado em casa em 2006. Esse negócio de obrigação de ganhar não existe. Ainda mais porque é um mata-mata. Ainda mais para quem nunca ganhou.
Vale a pena arriscar tanto?

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

O campeão não voltou!

Por mais que uma sequencia de cinco vitórias em seis jogos anime toda a torcida são-paulina e já atormente toda torcida adversária, ainda é precipitado demais arriscar conclusões e previsões otimistas, assim como nunca foi adequado decretar a decadência do tricolor.

O ressoar de "O Campeão voltou" nas arquibancadas é uma resposta bem humorada e até um desabafo da agoniada torcida são-paulina que se viu evolta por uma um clima incomum de crise nos últimos meses. Mas não, o "campeão não voltou", e sim, um "ciclo vitorioso realmente acabou".
Há uns posts abaixo falei sobre o Ano atípico, quando as derrotas para Corinthians no Paulista e a trágica humilhação ante o Cruzeiro na Libertadores (culminando na sintomática demissão do técnico de três anos e meio) arruinaram a pose de time inabalável que o São Paulo construíra.
Pois bem, mesmo quase sem mudanças no elenco o São Paulo é outro time, do time campeão com Muricy restou pouco, a postura é totalmente outra, inclusive o modo de jogar é muito distinto.

Dessa forma, o tricampeonato ficou para trás e um "ciclo" definitivamente acabou.

Mas é justamente aí que está o diferencial do São Paulo. Um velho discurso que não sai de moda. A estrutura, planejamento e a riqueza do elenco tricolor o beneficiam com um privilégio que nenhum outro time pode sonhar em ter no Brasil atualmente. Enquanto os ciclos dos outros time vêm em décadas, (ok, anos para ser generoso com uma minoria) , o São Paulo se dá ao luxo de encerrar e iniciar os seus em meses.

Ter conquistado os três campeonatos brasileiros seguidos, as vezes faz parecer que é fácil para o São Paulo triunfar no nacional, não é. Até por isso, começar uma nova "boa fase" não quer dizer que o Hepta-Tetra vem aí, longe disso. Significa que de uma campanha digna e um time competitivo o mimado torcedor são-paulino poderá se orgulhar no fim do ano. O título, portanto, ainda é utópico. Já é possível, no entanto, se regozijar de ter provado aos adversários aloprados e aos limitados colunistas esportivos de conclusões definitivas sazonais que é sempre bom ter uma pontinha de receio antes de dar o maior vencedor do futebol brasileiro como MORTO.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Tempos difíceis

Como sempre gosto de lembrar, o princípio desse Blog é provocar discussões sobre futebol sob a luz da parcialidade, da minha principalmente, e esse mesmo princípio explica, também, o ostracismo que acometeu esse nosso espaço nas ultimas semanas.

Assistir ao Tricolor se afundando sem muita perspectiva, ver o Corinthians comemorar o título da Libertadores do ano que vem por ter ganho do Inter/RS a Copa do Brasil desse ano, e o Palmeiras chegando a liderança do Brasileirão, além de contratar um ídolo do São Paulo. Por tudo isso, eu não conseguiria ser suficientemente convincente em qualquer que fosse o post nessas semanas sombrias para os tricolores.

Depois de 7 pontos em 3 jogos, o São Paulo já se demonstra levantando meio cambaleante depois do juiz ter aberto a contagem... E acho que já consigo dar minha cara a tapa aqui no Desempate pra dizer que Copa do Brasil e Paulista são títulos importantes sim, mas não justificam um desmanche em clima de "dever cumprido". E posso afirmar também que os três últimos Brasileiros foram ganhos pelo São Paulo, mas quem os comemora hoje é o Palmeiras. O entusiasmo com que os esperançosos do parque antártica receberam Muricy, até se explica pelo currículo recente vitorioso do treinador, mas vale lembrar que há um ano e meio eles recebiam Luxemburgo com a mesma empolgação...

Só para terminar a retrospectiva: nesse período de reclusão, entre trillers, moonwalks e outras citações em homenagem ao rei do pop, também perdi a oportunidade de estampar no blog minha satisfação em ver a seleção dando show de bola, principalmente Dunga, que jogo a jogo cala a boca dos que criticavam seu trabalho, essencialmente por preconceito. Outro alívio foi ver o Argentino Estudiantes triunfar na Libertadores diante dos audaciosos cruzeirenses.

Enfim... estamos de volta.

E o Obina não é melhor que o Eto'o, mas que é bem mais matador e mais importante que Keirrisson, isso é.

domingo, 28 de junho de 2009

São Paulo é referência até de crise

Vamos lá, estou preparado para que digam que é uma análise egocêntrica, que acho que o futebol orbita em torno do São Paulo Futebol Clube, mas ciente de minha parcialidade, convido-os para a minha análise:

Há 3 anos e meio com o mesmo técnico, sendo o melhor time do país no período, o São Paulo virou referência de organização e planejamento. Cabia aos clubes seguir a receita vencedora e tentar segurar seus treinadores o máximo de tempo possível. O campeonato brasileiro do ano passado, por exemplo, foi o de menor índice de demissões na era dos pontos corridos.

Bastou o tricolor quebrar a sequencia e botar o Muricy na rua para que uma avalanche de especulações pairasse no mercado do futebol. Agora todos os "professores" estão sob a pressão da troca eminente.

O Palmeiras foi o primeiro a seguir a fila puxada pelo São Paulo, arranjou uma desculpinha e sacou o Luxa, sonhando com Muricy. Mancine fez milagre no Santos, pegou um time ridículo, levou à final do paulista, faz uma campanha razoável no Brasileirão e já dizem que está na berlinda. Parreira, Cuca e Dorival são outros ameaçados pela nuvem negra criada pela saída do Muriçoca. Mas o principal indício da tempestade foi detectado no Corinthians, o time sensação em 2009. O desejo antigo da diretoria Corinthiana por Muricy e Luxa, que agora estão disponíveis, botou pressão no quase inquestionável Mano Meneses. Já condicionam a permanência do gaúcho à vitória na Copa do Brasil, tem cabimento?

Pois é, até a crise do São Paulo é referência para os demais.

sábado, 20 de junho de 2009

Um ano atípico

A demissão do Muricy decreta que o São Paulo vive um ano anômalo. Não por ter perdido a Libertadores, já que a eliminação continental tem feito parte da rotina dos últimos 4 anos, nem por estar jogando mal, fato comum nos primeiros semestres dos últimos tempos. Mas por se desenhar um cenário extra-campo muito atípico no tricolor.

Desde 2004 não demitia um treinador - Leão e Autuori pediram para sair e Muicy estava há 3 anos e meio no cargo. Há muito não se via tanta intriguinha entre jogadores e a torcida faz tempo que não estava em tanto desalento. Por tudo isso, ser outra vez campeão brasileiro é quase uma utopia, e aí se configura a maior novidade: um ano sem títulos.

E não é nem o ano sabático que me incomoda, tantos times vivem sem títulos há décadas e se encorajam a torcer e provocar rivais. Desconforta-me ver a diretoria, que gaba-se de organização e vanguarda, agir no impulso amador e caçar culpados, como se isso fosse preciso.




Eu me irritei demais quando vi Richarlisson entre os titulares no jogo decisivo contra o Cruzeiro. Também concordo que o São Paulo não tem muita novidade tática, é um time limitado na parte criativa e que não tem brilho nos mata-mata. Mas basta ouvir uma entrevista do Muricy para me sentir amparado e seguro de que tem alguém que errando ou acertando sabe o que e porque está fazendo as coisas.

Ouça a íntegra da entrevista de despedida do Muriçoca (muito boa!)

Valeu Muricy, um homem correto, um treinador vencedor, um são-paulino roxo, um grande ídolo. Um cara que teve o tapete puxado e mesmo assim saiu sem tornar públicos os reais problemas internos, em respeito ao time que fica, pelo qual ainda torce.

Ricardo Gomes? Fosse quem fosse, só o tempo dirá como será. A princípio não simpatizo muito com ele. Achava-o muito sonso e apático nos tempos de seleção olímpica, mas isso já faz algum tempo, e desconheço seus trabalhos recentes na França.

Sorria Corinthiano, o ano é seu.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Palmeiras e São Paulo: Duas eliminações, só um derrotado

O São Paulo entra em crise pelo quarto ano consecutivo. Há três temporadas, termina o ano como o melhor time do país. Não dá pra prever, e acho muito difícil, que essa ironia se repita mais uma vez, mas só o fato dessa sequencia atormentadora para os adversários ter se formado, já é um bom motivo para que se mantenha respeito e ressalvas na hora de criticar o tricolor.

O fato concreto e de momento é que sucumbiu em seu objetivo principal no ano. Adotar o discurso de que a meta era a Libertadores implica em julgar que a temporada já foi comprometida, um novo título brasileiro é um consolo e tanto(e que outro time poderá considerar o campeonato nacional mais difícil do mundo como consolo?), mas não esconderá o trágico início de temporada.

O time do Morumbi tinha o melhor elenco do país, comprovado pelo Hexa, e ainda trouxe três reforços do time que o eliminara na libertadores passada - Washington, Arouca e Junior César. Além de Eduardo Costa e Marlos, titulares do time. Ou seja, o melhor elenco melhorou. Mas as coisas não andaram e a derrota para o Corinthians no Paulista e a fatídica eliminação no Morumbi lotado contra o Cruzeiro confirmam a crise no Morumbi, não há mais como negar.

Pode ser uma crise de identidade, de um time que precisa se transformar mesmo que permaneçam os mesmo jogadores e comissão técnica. Pode ser uma crise de liderança, muito desfalcada com a contusão do capitão mitológico Rogério Ceni. Pode ser uma crise de relacionamento, ocasionada por um grande número de jogadores para poucas vagas no time. Mas é crise, e, diga-se, bem complicada de se solucionar.

Quem tem uma sensibilidade maior para o futebol percebe que o quadro pendia para uma derrota para o Cruzeiro. Quando vaidades no elenco passam a virar notícia é que a coisa não vai andar mesmo. Quando o símbolo maior do time começa a falhar depois tem a pior contusão da carreira. Quando passa por uma oitavas-de-final sem jogar. E por fim, quando o jogador que foi contratado para decidir os jogos e ser o diferencial (por mais grosso que ele seja, Washington é decisivo) tem que ser substituído no intervalo do jogo e quando se fica com um jogador a menos, precisando reverter o resultado, esquece, ansiar por sucesso é quase esperar por um milagre.

Já que falei de milagre, vou comentar do Palmeiras que teve uma eliminação menos traumática, ainda que na mesma fase. Simples. O time verde chegou até agora por verdadeiros milagres, viu-se fora da competição outras três vezes, pelo menos, antes da queda factual. Têm um time muito mais modesto, e ainda que sua sonhadora torcida acreditasse em título, chegou longe de mais e fez um papel honroso para os jogadores que tem. Vanderlei e os atletas não merecem um protesto sequer.

Dizem que foi honroso para o Palmeiras, porque o time lutou, jogou bem e perdeu num detalhe. Estou em pleno acordo. Dizem também que o São Paulo foi vergonhoso, perdeu os dois jogos, sem muito brilho, sem luta, e em casa. Concordo também. E isso támbém é o que confirma a minha análise, se o momento do São Paulo estivesse para dedicação, jogar bem e brilhar, nem os detalhes os venceriam, o São Paulo atropelaria.

Espera-se muito mais do time de Muricy pelo elenco que dispunha e fica a sensação que tinha que ser diferente. Já do Palmeiras, estar na Libertadores já era um lucro enorme, galgar fases foi conseguir algo além dos seus próprios limites técnicos, por isso o verde merece os parabéns pela campanha e o São Paulo amargará a crise por algum tempo ainda.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

O basquete coletivo

É com imensurável prazer que abro espaço no Desempate para o basquete.

Pego carona no sucesso da atual temporada da NBA, muito em função do show de transmissão que a ESPN brasileira tem dado, e numa empolgante repercussão que tenho sentido em pessoas que não imaginava tivessem esse gosto para coisa. É frustrante assistir, acompanhar, jogar e torcer em um esporte em que tenho uma meia dúzia de amigos com quem debater. Escreverei, enfim, sobre o meu esporte em essência.

Os playoffs da liga americana desta temporada têm demonstrado um equilíbrio sem precedentes. Poucas séries com vitórias de apenas uma equipe, muitos jogos com prorrogações e definições nos últimos segundos e embates entre jogadores com atuações de saltar aos olhos.

Entusiasmado, tive vontade de fazer um post já durante a incrível série Boston x Chicago. Os atuais campeões duelaram até a última gota de suar para despacharem o jovem e talentoso time dos Bulls. Depois, as finais de conferência também mereceriam destaque. Além do ineditismo de ver brasileiros envolvidos, como protagonistas, o nível de disputa das partidas foi um espetáculo. Torcia para Denver e Orlando se enfrentarem nos playooffs finais, o porquê dessa torcida é o debate que proponho.

Sem viadagem, tenho pequenas excitações ao assistir Kobe e Lebron jogando. Kobe beira a perfeição técnica, não tenho dúvida que é o que mais chegou perto, mesmo ainda estando muito longe, de Michael Jordan. Lebron é um monstro que simplesmente chegou a perfeição atlética para um jogador de basquete. O 23 dos Cavs tem a habilidade de um armador, o poder de decisão e precisão de um lateral, e o corpo de um pivô. E ainda defende muito.

Mas torço contra os dois enquanto adotarem, eles e seus respectivos técnicos, essa postura individualista. Acho um retrocesso tático. Irrita-me ver o Kobe partindo para um chute forçado sendo marcado por dois ou três caras. Revolta-me ver o Lebron subindo em direção ao aro com o garrafão congestionado pelos 5 defensores mais um outro companheiro do seu time. Irrita mais porque isso acontece pelo menos uma dezena de vezes por partida. Irrita mais ainda porque eles acertam muitas dessas bolas.


Mas, eu resigno a prática porque imagino que o jogo não pode ser tão polarizado. Os "times" ficam muito condicionados e dependentes dos caras. Dificilmente o Cleveland, por exemplo, vence um jogo em que o Lebron não tenha feito tudo sozinho. Foi assim na final do Leste, os 4-2 foram praticamente 4 derrotas do James contra 2 vitórias dele.

Na final entre Orlando e Lakers está dando para ver isso nitidamente mais uma vez. Salvo a primeira partida que foi um baile. Kobe ganhou praticamente sozinho o jogo 2. E não há quem não tenha comentado que ele foi o responsável pela derrota no terceiro jogo.

Não quero comparar ninguém a Michael Jordan, mesmo porque serei injusto seja lá com quem for. Mas sempre dou o exemplo dele de cara que conseguiu ser espetacular, decisivo, e essencialmente coletivo. Ele é o maior jogador de todos os tempos, podia enfiar a bola de baixo do braço e fazer o que quisesse, mas conseguia fazer o time jogar. Todos sabem que ele era o cara, mas ninguém é louco de discutir o quanto foram importantes Pippen, Rodman e outros como Toni Kukoc, por exemplo, nos anos de dinastia do Chicago.



Em tempo, preciso admitir que o Kobe tem evoluído consideravelmente nesse aspecto. Talvez esteja aprendendo com as pancadas que levou nas últimas temporadas.


Farei mais posts sobre basquete.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

O Morumbi não tem condições de receber jogo da Copa. E Cuiabá?

Tô me incomodando com esse negócio de estádio pra Copa...


Domingo passado, 31 de maio, a FIFA anunciou as 12 cidades brasileiras que serão sede de jogos da Copa 2014. Como esperado, São Paulo estava entre as escolhidas. Aí veio a tona mais um pouco de uma briguinha besta entre os clubes da capital. Falou-se mais disso do que de bola. Minha vez.



Primeiro, é muito mesquinho Corinthians, Palmeiras e Santos tentarem melar a canditura do Morumbi, só por birra. Rivalidade? Esses times alugaram e usufruiram do Cícero Pompeu de Toledo até agora, nunca se importaram de mandar muitos dos seus jogos mais importantes no campo tricolor, e agora vêm com essa.

Agora, o princial, e o que mais me indigna:

Acho muito curioso quando 'não sei quem' vem dizer que o Morumbi não tem estrutura para receber jogos da Copa. Então tá, um lindo terreno arborizado e inabitado em Manaus é que tem né? Ou talvez um pasto em Cuibá apresente melhores condições. Ou até mesmo, Brasília, que sempre teve times tradicionais, com muita torcida, seria o lugar ideal para um estádio de grande porte.

Lógico que o Morumbi, como está, não tem condições!
Nenhum tem (no Brasil).
Ninguém pode testemunhar melhor sobre o desconforto e a falta de organização que se tem em um jogo no estádio tricolor, do que o próprio torcedor que o frequenta, como é o meu caso. Desafio, no entanto, expectadores de outros grandes estádios brasileiros a apresentarem condições melhores. É a infeliz realidade brasileira, que têm de ser, e tenho fé que será, mudada nos próximos 5 anos.

Mas, em meio a projetos faraônicos que ainda não passam de papeis de orçamentos vultosos, fica fácil esnobar a "casa" do São Paulo F.C. e o Maracanã, por exemplo, que é o que se têm de concreto.

Morumbi e Maracanã merecem ser sedes, não só por que são os mais preparados de HOJE, nem por que serão os mais uteis no FUTURO, mas por contarem grande parte da história do futebol. Por terem sido palcos tradicionais no PASSADO, não seria justo que fossem excluídos do cume dessa história.

Um boa reforma no estádio (que por melhor que venha ser, vai gastar menos que subir um novo), investimentos, principalmente no acesso viário (que seriam necessários em qualquer outra região de São Paulo) e pronto. Não terá campo melhor preparado no país para jogo de Copa.

Desse negócio de abrir a Copa ou não, o assunto é ainda mais da política que do espetáculo. Anseio pelo bom-senso, só isso.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Joga bonito!

Uma final de Champions League mostra ao mundo do futebol mais do que o campeão europeu de clubes. Invariavelmente ela revela o jogador da temporada, o time que mais brilhou e o esquema de jogo que vai ditar as regras daqui pra frente. Parece muito claro que o jogador do ano pela FIFA será Messi e que o Barcelona foi o time sensação (além da UCL, arrebatou também o Campeonato nacional e a Copa do Rei da Espanha), mas a grande novidade é um time romper a tendência defensiva-competitiva do futebol atual e levar o campeonato mais concorrido do mundo jogando bonito, pra frente, e com uma defesa que não é nenhuma maravilha.

Num tempo em que brotam campeões com 3 zagueiros e 3 volantes, em que competitividade é sinônimo de defesa forte e em que força física é cada vez mais determinante para um jogador, vê-se um time triunfar pelo ataque.

Os catalões batem uma bola muito redonda. Um ataque agrupado, um toque de bola rápido, dribles curtos e tabelinhas para todos os lados.

Pra ser justo, posso dizer que a seleção Espanhola adiantara essa tendência ao vencer a Eurocopa e que o Manchester foi o melhor time do ano anterior e é o segundo melhor do atual sem ser defensivo.

Mas a Fúria compartilha os maestros Xavi e Iniesta com o Barça, e os ingleses tem uma defesa (Ferdnand, Vidic e Evra, que estão entre os melhores do mundo em suas posições) muito mais confiável e compacta que a do Barça, que na final contou com Sylvinho, Piquet e Busquets, por exemplo.
Acho até que os reds tem um time mais completo, mas o ataque espetacular do Barcelona compensou a defesa limitada que tem.
Será que jogar bonito e jogar pra frente será uma tendência? Ou é apenas um luxo de quem tem os iluminados Messi, Henry e Eto'o no mesmo elenco?

domingo, 24 de maio de 2009

O Galo Azul voltou!



Olá gente bonita!

Nesse post daremos um tempo em Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Boca Juniors, craques milionários, rivalidades... Vamos falar de um futebol mais modesto, menos repercutido, mas que também promove grandes disputas e alimenta paixões.

Foi disputado nesse final de semana a quinta rodada do quadrangular final da série A2 do Paulistão. No grupo 1, o empate do Rio Claro contra o Taquaritinga, e a vitória do Monte Azul diante do Flamengo de Guarulhos, garantiram Rio Claro F.C., time que representa e carrega o nome da minha querida cidade, e Monte Azul na primeirona o ano que vem.

2009 é o ano do centenário do Galo Azul rio-clarense e essa última década foi certamente o período mais glorioso desses 100 anos de história. Depois de muitos anos na quarta divisão, em 2004 o time do Schimitão foi à série A3, em 2005 conquistou o acesso para a A2, logo no ano seguinte já realizava seu principal objetivo e chegava a elite paulista. Em 2007, conseguiu permanecer no Paulistão, mas em 2008, não resistiu e foi rebaixado.

A chegada do ex-craque César Sampaio para gerir o setor de futebol rio-clarista ajudou a arrumar a casa, fazer uma campanha constante e conseguir o passaporte de volta à A1.


Tive o prazer de acompanhar alguns jogos pessoalmente no glorioso Schimitão e me permito destacar o jovem volante, Danilo Avelar, de 20 anos, como um promissor jogador. Uma espécie de Gerrard caipira.

Além de Rio Claro e Monte Azul, outros dois times ascenderão à primeira divisão do ano que vem. A classificação do grupo 2 está bem equilibrada, Rio Branco, União São João de Araras, Sertãozinho e São José disputam duas vagas. Aposto nos dois primeiros.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Boca eliminado nas oitavas: deu a lógica!

Pois é, está mais uma vez comprovada a tese maioral do futebol. A lógica nesse esporte tão surpreendente é não ter lógica nenhuma.

O temido Boca fez um resultado considerado muito bom no Uruguai e sucumbiu dentro de casa, no caldeirão de La Bombonera. Só a torcida, a camisa e a história não ganham jogo faz tempo. Sem time e sem bola a engrenagem não anda.


Dois desabafos:
- O grupo do São Paulo era uma baba né? O nosso segundo colocado eliminou o bicho papão do continente

-Eu errei em ter apostado no Libertad? Quem aqui não apostou no Boca?

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Na contramão: O Brasileirão dos Sonhos

Não costumo plagiar nem surrupiar idéias de outros blogs, até porque tenho no Desempate o meu espaço para valorizar minhas próprias conviccções e análises. Mas eu li num outro blog um texto muito bem bolado, sobre um assunto que algumas vezes já me passara pela cabeça, até falei sobre tema parecido no post Como anda seu ídolo?. Então resolvi republicar (copiar) do blog Mercado da Bola do Abril.com, deem uma olhada:

Veja como ficaria o seu time com todas as estrelas possíveis atuando por aqui.
Seguem abaixo as regras adotadas:

- O atleta está no clube que primeiro o vendeu para o exterior. Exemplo: Cicinho é São Paulo, não Atlético-MG.
- Jogadores que estão em seus clubes atualmente não mudam de time. Exemplo: Ronaldo é Corinthians, não Cruzeiro.

São Paulo: Rogério Ceni; Lugano, Miranda e Alex Silva; Cicinho, Mineiro, Hernanes, Kaká e Fábio Aurélio; Júlio Baptista e Luís Fabiano. (O Tricolor teria certamente o melhor elenco. Veja a lista de reservas: Breno, André Dias, Belletti, Ilsinho, Jorge Wagner, Josué, Fábio Simplício, Grafite, Cacau, entre outos).
Corinthians: Doni; Alessandro, Chicão, William e André Santos; Mascherano, Edu, Douglas e Ewerthon; Tevez e Ronaldo. (O ataque reserva do Timão também seria de respeito: Jô, Dentinho, Liedson, Jorge Henrique...).
Palmeiras: Marcos; Taddei, Henrique, Edmílson e Armero; Pierre, Cleiton Xavier, Alex e Valdívia; Keirrison e Vágner Love.
Santos: Fábio Costa; Pará, Alex, Fabão e Léo; Marcos Assunção, Renato, Elano e Diego; Robinho e Deivid.
Flamengo: Júlio César; Léo Moura, Juan, Ronaldo Angelim e Juan; Felipe Melo, Jônatas, Ibson e Kléberson; Renato Augusto e Adriano. (Obina no banco, claro).
Fluminense: Fernando Henrique; Gabriel, Luiz Alberto, Thiago Silva e Marcelo; Diguinho, Cícero, Conca e Thiago Neves; Rodrigo Tiuí e Fred.
Botafogo: Renan; Wellington, Juninho e Emerson; Alessandro, Leandro Guerreiro, Fahel, Maicosuel e Thiaguinho; Reinaldo e Victor Simões. (O que mudaria no Botafogo, afinal?).
Cruzeiro: Gomes; Maicon, Luisão, Edu Dracena e Gilberto; Wendell, Recife, Ramires e Vágner; Kléber e Guilherme.
Atlético-MG: Diego; Coelho, Marcos, Lima e Júnior; Gilberto Silva, Danilinho, Lincoln e Éder Luís; Diego Tardelli e Mancini.
Internacional: Renan; Ceará, Lúcio, Índio e Kléber; Guiñazu, Edinho, D'Alessandro e Alex; Nilmar e Alexandre Pato.
Grêmio: Victor; Felipe Mattioni, Réver, Léo e Lúcio; Lucas, Anderson, Ronaldinho Gaúcho e Tinga; Cláudio Pitbull e Maxi López.

Quem venceria esse Brasileirão dos Sonhos na sua opinião?

Você concorda com os times montados?

segunda-feira, 18 de maio de 2009

As camisas mais feias do futebol

Dizer que gosto de futebol é a abreviação da paixão que tenho por tudo que envolve o esporte mais popular do mundo. Das regras à torcida, tudo que de alguma forma está em função dos 22 que correm atrás da bola me desperta interesse. Se você me lê nesse instante é porque deve partilhar de alguns desses vários interesses comigo. Vamos a um desses:

Gosto muito dos uniformes dos times. Admiro e presto atenção em detalhes, vislumbro possíveis modelos e perco tempo criticando determinados estilos dos fardamentos. Uma fonte de renda irrecusável para os clubes, o patrocínio tem literalmente manchado a maioria desses uniformes de times de futebol. Exemplos recentes são as ex-belas camisas de Corinthians e Santas. Entendo que comercialmente elas não podem mais ser branquinhas como antigamente, mas exageraram no tamanho do logotipo no peito da do peixe, ridículo. Já na do timão, aquele Perdigão, que parece um adesivo, e o loteamento de cada centímetro de pano fizeram desse uniforme que entrou em campo no domingo contra o Botafogo um dos mais feios da história.

Pra não dizerem que estou trazendo essa análise quase estilística para o campo da rivalidade, posso dizer que odeio a camisa número 2 do São Paulo. Aquelas mangas vermelhas não tem nada a ver com o corpo em listras tricolores.


Quando me preparava para falar sobre a feiúra das novas camisas de Santos e Corinthians dei uma pesquisada em camisas historicamente feias pela internet, e selecionei essas aí:
Em cima: México (goleiro) 1994; Manchester 1995; Norwich 1993; Camarões 2002.
Em baixo: Aston Villa 1993; Arsenal 1991; Chelsea 1992, Hull 1992

sábado, 16 de maio de 2009

Ronaldo é puro marketing!

Quando chegou ao Corinthians, disseram que Ronaldo ia ser só marketing. Erraram feio. Errei feio. Mas o engano estava no "'só' marketing".

O cara tá jogando muita bola. Provou, de novo, que não é 'só' marketing. Mas além da habilidade no campo, o gordo tá mostrando que evoluiu muito no desempenho fora dele.
Difícil ver um jogador tão preparado para dar entrevistas e faturar com a própria imagem.
Já dava pra ver isso nos depoimentos dele em coletivas ou nas entrevistas no gramado. Ronaldo tem até intimidado alguns jornalistas com respostas certeiras e até com certa ironia à determinadas bobagens que lhe questionam.

Deu pra ter mais um exemplo da genialidade com que ele trata de sua imagem, na comemoração do gol contra o São Paulo, na semi-final do Paulista. Com um único gesto, provocou os adversários, alfinetou quem criticou o companheiro Cristian por celebração semelhante no duelo anterior, e ainda chamou atenção para um dos símbolos da marca de cerveja que o patrocina.


Sempre muito mais solícito aos repórteres e programas da Rede Globo, acharam que Ronaldo estava dando um passo em falso ao assinar um contrato de patrocínio com o SBT. Mas ele explicou esse e muitos outros assuntos polêmicos e divertidos na sabatina promovida pela Folha de São Paulo, na sexta-feira, 15.

Falou (mal) do Ricardo Teixeira, falou do filho, do Corinthians (muito bom quando ele fala do Champagne que deram pra ele comemorar o Paulista), falou de aposentadoria, seleção, travecos, e muito mais, como ficaria cansativo eu transcrever esse show que ele deu aos repórteres, ta aí um link dos trechos da entrevista em vídeo, que não viu, vale a pena:

terça-feira, 12 de maio de 2009

São Marcos e o milagre!


Muita gente diz que um time jogou muito quando o goleiro adversário foi o destaque da partida. Para mim, é o contrário. Goleiro faz parte da equipe, e ele está ali para defender. Se o arqueiro, ou qualquer jogador de linha, decidiu o jogo, então méritos do time que ele defende. E foi isso que aconteceu nessa partida das oitavas-de-final da Libertadores. Marcos é um espetáculo, e ele é do Palmeiras, fazer o quê?

Foi o único grande entre os nanicos acovardados do palestra. Mas Marcão fez seu time crescer. Palmeiras aos trancos e barrancos vai chegando longe na Libertadores.
Um último comentário. Tenho certeza que estar posicionado para bater um pênalti decisivo e ter só a bola e o Marcos entre você e o gol deve ser angustiante. Mas enfia o pé meu camarada. Tanto Mozart, quanto os batedores do Sport quiseram ser craques, colocar, enfeitar...
Na semana passada, Atlético MG e Vitória decidiram uma vaga da Copa do Brasil e deu gosto de ver. Era uma pancada atrás da outra, só erraram os caprichosos. Não tenho tanto crédito nesse assunto, mas na minha cartilha do bom batedor de pênalti estaria a instrução: Se você ainda não é um Djalminha, Marcelinho, Romário ou Evair, fecha o olho e mete o pé na redonda!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Rubinho Barrichello

Licença para um post automobilístico, já volto para o futebol.

Eu sempre me seguro. Tento esperar, mas lá se vão 5 corridas. Vê-se novas caras nas primeiras filas, uma nova situação, uma nova configuração, uma nova F1, uma nova oportunidade, uma nova equipe, e um mesmo Rubinho.

Acho ele um perdedor nato. (ponto). Não por ser lento ou mal piloto. Se fosse ruim não estaria a tanto tempo na principal categoria do automobilismo. Mas, por ele ter um discurso de perdedor, sorte (ou azar) de perdedor, e um fado de perdedor. Sempre promete um futuro melhor. Reclama de situações e quando se vê livre delas, arranja novas desculpas. Sempre é ''esse final de semana que não era dele''. Mas esse ano era o dele, equipe de ponta sem um 'Schumaccher' para resigná-lo.
Tudo a mesma coisa, sua hora vai chegar. Na Espanha chegou. Ele
distribui sorrisos durante todo o final de semana. Mas, de novo, a equipe, os problemas, a estratégia... o Rubinho.

A trajetória do Barrichello não foi fácil, restou a ele, jovem e bom piloto, a missão impossível de assumir o lugar de Senna, como ídolo do esporte brasileiro. Qualquer um nessa situação estaria sendo injustiçado. Já começou com azar.

Jordan? Faliu. Stweart? Faliu. Jaguar? Faliu. Ferrari? Shumaccher. Honda? Faliu.

Coincidência ou mais azar? Todas as equipes pelas quais ela passou, salvo a excessão da gigante Ferrari, fecharam as portas.

Esse ano ele teve sorte. Tava quaaaase aposentado, quando caiu no colo dele o melhor carro da categoria. Um companheiro que não era o alemão. Adversários sem a muita possibilidade de ameaçar seu domínio. E uma chance de ouro de garantir o título. Sorte? Sorte nada. Acho que foi o maior azar da carreira do Rubinho. Agora não tem mais desculpa. E o resultado a gente vê no final da temporada.

Quando eu falo de discurso perdedor eu falo disso: http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Formula_1/0,,MUL1115804-15011,00-APOS+POLEMICA+RUBINHO+AMEACOU+PARAR+DISSE+AO+BRAWN+QUE+PENDURARIA+CHUTEIRAS.html

Ser vice-campeão e estar vice-líder é ruim? Nenhum pouco. Mas ele chamou a responsabilidade da temporada para si e ainda não correspondeu. E costumo dizer que a disparidade entre Brown GP e as outras equipes é tanta, que o segundo lugar é a pior posição que o Rubinho pode chegar numa corrida. E aí? O que acham? Rubinho é injustiçado? Ele ainda tem chances? Esse final de semana não era o dele?

sábado, 9 de maio de 2009

Libertadores infectada: se for um jogo, prejuízo para o São Paulo.

A Conmebol decidiu que os confrontos entre São Paulo x Chivas e San Luis x Nacional deveriam ser disputados em partida única na casa dos times com melhor campanha. Qualquer empate levaria o jogo à prorrogação e pênaltis. Uma aberração enorme a julgar pelo regulamento da competição. Mas, a princípio, permanece a notícia da desistência dos mexicanos e pegaremos o Cruzeiro sem estar embalado por nenhum triunfo.

Tem muito torcedor são-paulino comemorando o jogo único, pelo fato de achar uma grande vantagem jogar só em casa. Discordo frontalmente. Primeiro que acho que tão avacalhando mesmo o torneio. Depois, que se formos analisar as partidas do São Paulo nessa Libertadores, veremos que o tricolor tomou sufoco nos três jogos, contra rivais bem mais modestos que o Chivas. Empatou um, e ganhou dois jogos suados de virada. E os mexicanos deverão se apresentar da mesma forma defensiva que esses times. Já fora de casa, provavelmente encontraria mais espaço para construir vitórias similares as de Cruzeiro e Grêmio que praticamente liquidaram as oitavas-de-final no primeiro jogo.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

A Libertadores é infectada: mexicanos abandonam!

Se a gripe suína não é tão avassaladora quanto parecia inicialmente, pelo menos para o futebol ele causou um baita estrago. Os time mexicanos, San Luis e Chivas Guadalajara abandonaram(desistiram) a competição depois de terem seus jogos contra o Nacional/URU e São Paulo adiados e tirados do México.

O entrevero começou logo que os times da América Central confirmaram classificação para a fase de oitavas-de-final da Libertadores. Simultaneamente, o planeta era assombrado pela eminência de uma epidemia de uma gripe que tinha seu epicentro no México. A Confederação Sul-americana agiu prontamente e tentou transferir os confrontos para outros países, nenhum aceitou. Um exagero, excesso de zelo. Depois que foram caindo alguns mitos sobre a tal gripe, o México foi voltando a rotina normal e Chivas e San Luis impuseram seu direito ao mando de campo. Nada feito. São Paulo e Nacional se negaram a ir até lá. A primeira vista parece outro exagero, mas bastaria um infectado de um desses dois times estrangeiros para o fato tornar-se um incidente de saúde pública mundial. Enfim, faltou diplomacia.

De concreto mesmo, a classificação instantânea dada de presente aos adversários dos mexicanos. São Paulo e Nacional pulam para a próxima fase mesmo sem jogar. Parece muito bom, mas não sei não. Prefiria que tivesse jogo, normalmente, cada um no seu campo, com vantagem a quem lhe cabe, e pronto.

E esse problema pode corrigir o que é um erro na minha opinião. Os mexicanos foram enxertados na Libertadores para dar mais competitividade ao torneio. Mas discordo, não vêm do México os melhores times, os melhores vão disputar o torneio da Concacaf. Se um deles levar a Libertadores não tem nem direito à vaga no Mundial Interclubes. Jogar no México é sempre um lamento para a maioria dos time que tem uma viagem muito longa. Pra mim, isso é uma espécie de amadorismo. Acho que depois desses crise diplomática eles não voltam.

A gripe agora está estragando o Tetra!

Ronaldinho Gaúcho no Flamengo!

No dia seguinte à apresentação do Imperador, surge no Flamengo a possibilidade de mais uma mega contratação, Ronaldinho Gaúcho.

A boa fase de Ronaldo, a volta do Fred, a recuperação de Adriano no São Paulo ano passado e sua volta para o rubro-negro nesse ano, servem como bons precedentes para o retorno de mais craques. E Ronaldinho teria o perfil. Ele não é mais destaque em times e campeonatos europeus, seria idolatrado por aqui, e segundo informações do Globoesporte.com ele afirmou que só voltaria ao Brasil se fosse no mengo.

Sabendo dessa predileção do Gaúcho, os dirigentes flamenguistas, animados com a chegada de Adriano, já estão se movimentando para tentar a contratação do show man na janela de negociações do mês de julho.

Já não é nenhum absurdo cogitar esse tipo de negócio, e dá até pra afirmar que é uma boa alternativa pra esses caras que não precisam mais de dinheiro e terão condições de serem ídolos novamente, decisivos e se reaproximarem da seleção.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Campeão da Libertadores e Copa do Brasil

Parece que a idéia do bolão ou dos palpite para o Brasileirão agradou. Então, atendendo a pedidos está aqui um espaço aberto para que deixemos nossas apostas para mais dois campeonatos: Libertadores e Copa do Brasil.


Vamos ser bem objetivos, cada um deixa registrado num comentário quem serão os finalistas de cada competição, discriminando campeão e vice.

Pra ajudar, aí estão as chaves das duas Copas:







Palpite Desempate:
Final - Corinthians x Flamengo
Campeão - Corinthians












Palpite Desempate:
Final - São Paulo x Libertad
Campeão - Adivinha?





Que final de Copa do Brasil seria Flamengo e Corinthians, com Ronaldo de um lado e Adriano do outro. Não adianta discutir os meus palpites, nesse caso, o que vale é dar os seus...

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Chelsea, Barça e o futebol

Injusto.

Roubado.

Chorado.

Suado.

Emocionante.

Lindo.

Assim foi a segunda partida das semi-finais da Champions League entre Chelsea e Barcelona, em Londres. O 0x0 do primeiro jogo obrigava os dois times a buscarem gols para garantirem o acesso a final sem a loteria dos pênaltis.

Logo no começo do jogo, Essien abre o placar num golaço para o Chelsea. Depois disso, um show de defesa do clube inglês, que não permitia aos espanhóis nenhuma ameaça à sua retaguarda, e uma irreconhecível e incomum sequencia de jogadas bisonhas do Barcelona.

Sem Henry, Puyol e Marques, o time catalão ficou travado. O Chelsea se defendia mas também chegou inúmeras vezes ao ataque. O juiz vacilou, não deu pelo menos 2 pênaltis claros para os 'blues', o mais flagrante foi um toque de mão do zagueiro Piqué no segundo tempo.

Aí no primeiro chute do seu time que chegou efetivamente ao gol, aos 49 minutos do segundo tempo, Iniesta coloca a bola no ângulo, empata, e delira.

Enfim, foi feita a vontade da maioria dos amantes do futebol no mundo. Os dois times mais envolventes da atualidade, com os dois melhores jogadores nos últimos anos, Manchester e Barça fazem a final no dia 27 de maio, em Roma, na Itália.

O Chelsea deu um show de bola. Se defendeu com maestria. O Barça ficou devendo, mas todo mundo sabe que tem bola pra mostrar. Foi injusto, sim, mas assim é o futebol.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Palmeiras e Corinthians em Miami!

Em março, alguns representantes de Palmeiras e Corinthians se reuniram para decidir que todo jogo entre os dois times valerá uma taça. Na época eu disse que era uma forma de um dos dois levar troféu no ano, já que os de verdade o São Paulo era quem os levava.

Provocações a parte, o fato é que os dois 'grandes' rivais estão se mexendo na direção de melhores propostas de marketing. Pode-se dizer que o São Paulo é pioneiro nesse sentido no Brasil, mas também ainda é bem incipiente e ainda está muito aquém do que os clubes brasileiros podem explorar.

Voltando ao clássico Corinthians e Palmeiras, esses times querem vender a marca desse confronto para o mundo. Além da taça, todos os jogos entre os rivais terá uma bola personalizada e agora surgiu mais uma novidade.

Parece que os departamentos de marketing estão viabilizando a transferência do confronto do segundo turno do Brasileirão 2009 para Miami/EUA.

Não dá pra saber o quanto isso influenciaria nos times, nem se prejudicaria a competitividade. Nem se será autorizado pela CBF, nem ao menos se é realmente verdade essa tentativa. Mas parece inovador, curioso e, desde que não vire moda, uma boa idéia.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Bolão do Desempate!

A coisa é séria, e a brincadeira é a seguinte:


Estes são os 20 clubes que disputarão o Brasileirão 2009 :


Cada um dos participantes do BOLÃO DO DESEMPATE ordena esses clubes pela sequencia que imagina que será a classificação final do campeonato. Quando acabar o campeonato, quem tiver feito mais pontos segundo os critérios que vou explicar logo a seguir, leva um prêmio do Desempate. Ainda não sei o que vai ser, provavelmente algum artigo do seu clube de coração, mas prometo não é balela.


As regras são simples. Deixe sua aposta em comentários desse post até, no máximo, a segunda rodada do Brasileirão 2009. Só vale um palpite. Escreva seu nome no mesmo comentário (embaixo).

Os pontos:

Cada posição certa vale 5 pontos
Acertar os 4 rebaixados vale mais 15 pontos (independente da ordem entre eles)
Acertar o campeão vale mais 15 pontos (5 por acertar a posição + 10 de bonus)
Acertar os 4 primeiros vale mais 10 pontos (independente da ordem entre eles)


Só pra deixar mais claro, se alguém acertar os 4 primeiros em suas respectivas posições leva 40 pontos (15 do campeão, 5 do segundo colocado, 5 do terceiro, 5 do quarto e mais 10 por prever os 4 primeiros). Se acertar os 4 últimos em ordem leva 35 pontos (5 de cada posição mais 15 por prever os rebaixados).

É isso aí, boa sorte a todos, aqui vai a minha classificação:


1 - São Paulo
2- Grêmio
3- Internacional
4- Corinthians
5- Palmeiras
6- Flamengo
7- Barueri
8- Cruzeiro
9- Atlético PR
10- Vitória
11- Santos
12- Fluminense
13- Sport
14- Goiás
15- Botafogo
16- Avaí
17- Coritiba
18- Nautico
19- Atlético MG
20-Santo André

Os vice

É só um esclarecimento.
Estava relendo meu último post, quando percebi que dei a entender que acho o Cuca e o Botafogo perdedores. Errado. Acho só o Botafogo perdedor.
Gosto do Cuca, ele se contaminou com o estigma de fracassado quando se envolveu tanto com o time da estrela solitária nas vezes que passou por lá. Mas considero ótimo o trabalho que ele fez quando esteve no São Paulo, em 2004. Agora que tirou o peso de nunca ter ganhado um título deve voar mais alto.
O Botafogo sim, acho um time fracassado. Eu ainda não parei pra medir isso direito, mas as vezes eu me domino por um desprezo do Botafogo que chega a ser maior do que o que eu tenho por Corinthians e Palmeiras, que são rivais diretos.


Por falar em perdedor, deixaram o ex-técnico em atividade Leão fazer o time que queria no Atlético MG e agora mandaram ele embora. Pior. Chamaram o Celso Roth pro lugar. Agora vai. (Esse negócio de técnico e time de futebol no Brasil é gozado, sempre parece que a notícia é velha).

Já que o tema é vice, só mais um aparte. O Santos merece uma menção honrosa, foi bem na grande final, deu um sufoco surpreendentemente envolvente no Corinthians. Madson (O foda) e Paulo Henrique são duas verdadeiras jóias. O peixe pode considerar a missão Campeonato Paulista completamente cumprida. E se percebe quando um título não sai das mãos de um time, quando esse time faz um gol na melhor hora possível e o Corinthians o fez.

É festa na favela

Sobre o título do Corinthians, mais uma vez reforço que foi indiscutível, tanto que encerrei as discussões, sobre o Paulistão, antes mesmo das duas partidas finais. Se alguém tiver interesse, só ler o post Corinthians já é Campeão Paulista, que escrevi há duas semanas.

Registro de dois detalhes do jogo decisivo, dos bastidores dele:

Primeiro, é claro, os meus parabéns ao camarada que foi pago pela
Federação Paulista para organizar a linda apoteose do campeão.
Eu tenho um primo de 6 anos de idade que adora soltar bombinha, ele não sabe ainda o quanto a brincadeira pode ser perigosa, mas eu tenho certeza que meu priminho jamais acenderia uma cascata de fogo no meio de papeis picados num lugar cheio de gente.

Depois, a camisa do Corinthias ficou horrível com Telesena, Baú da Felicidade e PanAmericano estampadas em lugares não convencionais. Mas o Silvio Santos mandou bem. Ficou com suas três marcas expostas por quase duas horas na Globo. Próximo jogo poderá ser Domingo Legal o logotipo estampado.
Em 2000, depois que caiu o alambrado de São Januário, na final da Copa João Havelange, o Euricão ficou nervoso com a cobertura que a Globo fez do trágico incidente e enfiou um SBT bem grande na camisa do Vasco, como protesto, no jogo seguinte. Dessa vez eu não sei o que o Corinthians tem para protestar contra a Globo. A emissora só fala no Ronaldo (o que é muito justo), o Caio Ribeiro até comemora os gols do Timão nas transmissões, por causa do Corinthians, Copa do Brasil virou maior que Libertadores... não deu pra entender.

Por último, a final no Rio: O Cuca e o Botafogo brigaram muito pelo vice. Levaram a decisão do segundo lugar para os pênaltis. Até que se confirmou que um Clube é mais perdedor que uma pessoa. Ta aí um jeito do Cuca ser campeão, enfrentar o Botafogo na final.

sábado, 2 de maio de 2009

Libertadores 2009, a primeira divisão da Copa do Brasil


Os cinco times brasileiros que se qualificaram para a Libertadores 2009, sobreviveram e avançaram à fase eliminatória da competição. O caminho de cada um para chegar ao título já está traçado, lá vamos nós, então, projetar esses trajetos:

Ter feito a melhor campanha da etapa de grupos rendeu ao Grêmio uma vantagem muito maior que o relativo benefício de decidir os confrontos em casa. Os gaúchos vão pegar 'baba' nas oitavas, se passarem, outra 'barbada' nas quartas e só na semi-final, caso cheguem, enfrentarão uma pedreira.

Cruzeiro e São Paulo têm uma caminhada parecida. Têm adversários medianos num primeiro momento, podem se cruzar nas quartas-de-final, e quem passar deve fazer uma semi-final doméstica contra o Grêmio.

Do outro lado da chave estão os rivais Palmeiras e Sport. Só um dos dois passará às quartas, quando enfrentarão (ou enfrentará, já que só um se classifica) um adversário mais modesto. Na semi, o assustador Boca deve os esperar.

São hipóteses, é claro, mas o São Paulo, por exemplo, PODE ter em frente Cruzeiro, Grêmio e Palmeiras(ou Sport), respectivamente, chegando ao título Sul-americano com uma campanha final de uma espécie de Mini Copa do Brasil de elite.

Observação: Corro o risco de estar sendo leviano, mas tô achando um show desnecessário todo esse alarde feito pela tal da gripe suína. Importante que tomemos as precauções, mas já deu pra ver que o negócio não é tão grave assim, e parece que tem gente, principalmente na mídia, torcendo pra que a coisa piore. Portanto, acho legítimo tirar os jogos do México, nem tanto pelos jogadores, mas pela aglomeração de pessoas na torcida, e tudo mais. Mas acho exagerada a recusa da maioria dos países americanos em receber 22 atletas mexicanos em seu território para disputar um jogo.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Cruzeiro 5 x 0 Atlético MG

Lembra? http://desempate.blogspot.com/2009/03/todo-ano-mesma-coisa.html

Ronaldo, o filme!

Lembro-me de ter feito um post no dia seguinte ao clássico Palmeiras e Corinthians pelo Paulistão desse ano. Naquele jogo, em Presidente Prudente, Ronaldo fazia seu 'segundo' segundo tempo pelo Corinthians, seu retorno era ainda incipiente, mas já tivera feito o primeiro gol, e que gol importante. No texto eu comentava a estrela que ele tem e dizia que a vida desse cara daria uns três filmes com finais emocionantes, um diferente do outro. Pois é, só não fizeram nenhum filme até agora porque por mais emocionante que fosse o final, não seria o final.

O gordão ta provando que ainda tem muita coisa pra fazer no futebol. A arrancada fatal na semi-final contra o São Paulo, e os dois gols (vou chamar só de ''gols'' porque pretendo falar melhor sobre essas obras de arte no próximo parágrafo) que praticamente liquidaram o campeonato no primeiro jogo da final contra o Santos, mostraram que ele ainda pode ser decisivo no futebol de alto rendimento.

Chicão dá um chutão pra frente e a bola que cai no pé do fenômeno não é a mesma que vai ao chão quietinha, só esperando pelo arremate. O domínio do cara para amansar a bola na jogada do primeiro gol (dele) é tão ilustre como o lance do segundo. O outro gol é sacanagem, dispensa comentários, ele se basta: o corte, uma ajeitadinha, o 'tapa'(de esquerda), a parábola da bola e o jeito que ela corre na rede. O olhar do goleiro, o Fabio Costa, acompanhando o caminho que a bola faz sobre a cabeça é outro detalhe que torna o lance ainda mais pomposo.

Há uns 2 meses, se me dissessem, e acho que me disseram, que o Ronaldo ia voltar pra seleção eu dava risada, e acho que ri. Agora, sou um dos que só esperam esse momento chegar. À quem me disse isso há uns dois meses, peço perdão pela ironia.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Corinthians já é Campeão Paulista!

Post curto e grosso.

Tenho tanta certeza que o Corinthians vai ser campeão paulista que nem considero um palpite ou um risco, é um praticamente um decreto, um vaticínio. Se os meus fundamentos são válidos, se tenho credibilidade, se vai ser fácil ou difícil eu não sei. Futebol, inclusive é um campo minado para esse tipo de aposta, a lógica muitas vezes é contestada pelos fatos, mas eu acho que essa final só vai servir para cumprir tabela.

Corinthians está invicto, jogando bem, tem o Ronaldo, jogando bem. Eliminou o temido São Paulo com certa autoridade, e tem um treinador que tem mostrado constante evolução. Sem contar na força da superação de um time que acabou de (cumprir com a obrigação de) voltar da segunda divisão.

Por falar em superação, o Santos é o time que mais se superou nesse Paulistão. De um time ruim e apático, o peixe se mostrou um grande finalista. Muito graças à chegada do Wagner Mancini. Tem dois ou três bons jogadores, mas para mim não tem nem o esboço de um time campeão de alguma coisa. Classificar-se na bacia das almas para as semi e vencer o favorito Palmeiras para chegar à final já é um grande feito.

Nem vou falar de privilégio, tendência, ou pressão de mídia e Federação. Por mais que isso possa existir, não acho que tenha influenciado em nada nessa reta decisiva.

É isso, podem me cobrar, se este blog está sob o princípio da parcialidade, ela nunca foi tão contundente. Corinthians será (já é) o campeão Paulista e consolidará sua força regional. E fica assim então, Copa São Paulo, Carnaval e Paulistão, só dá Timão!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Como anda o seu ídolo?

Estava eu remoendo a derrota de domingo, com a autoestima baixíssima, cheio de desilusões, quando resolvi me apegar àqueles detalhes que não entram em campo, estatísticas que nesse momento soam como desculpa de perdedor, pois é, não é nada disso.

São Paulo perdeu, o Corinthians foi bem, Ronaldo não é só marketing... Verdão já tá vivo na libertadores, tá tudo no post anterior, o que venho postar agora é um assunto que me instigou desde o último jogo da seleção, deixei passar, e só agora lembrei de entrar no mérito:

Quando vi Kaká e Luis Fabiano como as duas grandes esperanças da seleção brasileira no momento, pensei, 'puxa vida, como é bom poder continuar tendo esses caras pra torcer'. E melhor ainda é ver que eles arrebentam e ainda são grandes figuras do futebol mundial.
Pensei que o santista deve ter igual sentimento quando assiste ao Robinho e ao Elano (talvez). E aí... cadê os ídolos palmeirenses e corinthianos? Bom... fiz um compilado, sem muita pesquisa, com a minha humilde memória e com minha modesta percepção (por isso até peço que me ajudem com mais destaques do seu time), sobre onde foram parar, e o que fazem os grandes ídolos recentes de cada um dos quatro maiores times de São Paulo.


Kaká foi eleito melhor do mundo, é um dos mais valiosos jogadores do planeta. Luis Fabiano é o camisa 9, o goleador da atual canarinho. São dois jogadores que se identificaram muito com o São Paulo, não ganharam muitos títulos, porque o tricolor não era tão soberano na época, mas mesmo com poucas conquistas foram idolatrados pela maioria absoluta da torcida. Dizem que eles saíram do clube vaiados, pelo menos por mim, não foram. Se é pra citar um ídolo de um grande título do time, posso lembrar Cicinho, campeão Mundial de Clubes em 2005, que jogou na Real Madrid, está na Roma, e disputou a Copa de 2006.


A geração Diego e Robinho, do Santos, em 2002, foi muito próspera. Além dos dois, Elano e Alex são costumeiramente lembrados pelo técnico da seleção. Com relação aos clubes, por incrível que pareça, o zagueirão é o que está em melhor condição, quase sempre titular no Chelsea. Mas Robinho e Elano, por exemplo, são peças-chave no esquema de Dunga no time que representa nosso país. Não dá pra falar que se deram mal. Esperava-se mais de Robinho, que fora comparado até com Pelé, e vive prometendo ser o melhor do mundo, mas não dá pra exigir que alguém seja o melhor do mundo.

Com toda sinceridade, me perdoem os palmeirenses, mas eu tentei, busquei no fundo da minha alma, lembrar de grande ídolos de grandes times do Palmeiras do século atual. Vá lá, lembrei do Alex, que foi ídolo, mas pelo que fez no verdão nos anos 90. O cabeção fez história no Cruzeiro, depois foi pra Turquia, nada de seleção... Aí peguei um bem recente, que virou ídolo mais pelo carisma que pela bola, levou com ele pro Qatar um paulistinha. Ainda é cedo pra saber se el Mago Valdívia vai virar um craque ou se foi apenas um fogo de palha... Mas, tá mal de ídolo ein?

Marcelinho foi o cara no Corinthians, foi vencedor, tem uma identificação singular com a maloqueiragem alvinegra, mas o Corinthians foi seu auge. Foi pra onde depois? É, ele até jogou na Espanha, um dos grandes centros do futebol, mas teve que se contentar com Brasiliense e Santo André mesmo. Gil foi a promessa, é contemporâneo de Kaká, o que forçou a comparações. Muita gente disse que ele era melhor que o são-paulino. Agora a comparação é pra lá de indevida. Tentaram enfiá-lo no Inter-RS e no Botafogo, foi mal. E o Carlitos, foi bom, mas durou pouco no timão. Incluí ele nessa pra dar uma colher de chá. Ganhou um Brasileiro pelo Corinthians foi embora para um medíocre clube inglês. Hoje é reserva no Manchester, mas ''titular'' na seleção argentina.

E aí? Quem revelou mais craques?
Esclarecimento: Não considerei os ídolos e possiveis ídolos do time atual, caso tivesse o feito. Ronaldo, Marcão e Rogério seriam obrigatoriamente citados

domingo, 19 de abril de 2009

Mérito deles!

Que vantagem de empate o que? Pra que melhor campanha? Corinthians e Santos desbancaram São Paulo e Palmeiras com autoridade. Não há outra análise, entraram com mais vontade e nos 180 minutos de cada confronto sobraram.

Falar do Palmeiras é chover no molhado. Risível como sempre. Deixe-me adivinhar o discurso: 'No campeonato brasileiro e na libertadores vai dar verdão!'. Certo?

O impressionante esquadrão alviverde, das vitórias consecutivas no começo, sucumbiu diante do mirrado Santos. Agora, basta um pouquinho de lucidez alicerçada pelos jogos da semi-final pra ver que o grande Palmeiras é tão, ou mais, limitado que o próprio peixe, que fora muito esculhambado ao longo do campeonato.

Só que vou ter de me render ao Luxemburgo. No final do jogo eu esperava que ele fizesse o de sempre: desviasse a atenção para arbitragem, falasse do chilique do Diego Souza, assim não teria que falar do baile que tomou. Mas não, o mestre Luxa surpreendeu e concluiu: ''Se o Domingos entrou no campo para provocar o Diego por instrução do Mancini, mérito deles, o jogador é que tem que se controlar. A provocação faz parte do jogo''. E é exatamente isso. Então, não tem porque o treinador do Santos negar, porque se foi ordem dele, deu certo, e foi genial.

De Corinthians e São Paulo.

Tricolor jogou bem, ao meu ver nenhum jogador comprometeu individualmente, Muricy até que fez o que pode, ousou como não é do seu costume. Até por isso tenho de admitir a superioridade corinthiana. Foram melhores que o São Paulo jogando bem. Seguraram no primeiro tempo, liquidaram o jogo em 2 minutos, e administraram um tricolor nocauteado. Ainda acho os jogadores do São Paulo tecnicamente superiores aos do Timão, mas o Corinthians está brilhando.

Licença para um aparte: Ronaldo tem contrariado minhas previsões. A cada jogo comprova que voltou a ser um jogador importante e decisivo e de que retorno financeiro mesmo não se vê tanta exorbitância. Ou seja, tudo exatamente oposto ao que eu previa.
Bom... Ele ainda teve que ficar 60 minutos parado no jogo para dar um pique, (fatal). Quando ele conseguir dar 3 piques desse por jogo, volta para seleção.

Mais um aparte: Na última semana, tanto eu como o próprio São Paulo F.C. nos lixamos para a sonhada libertadores. Por alguns dias ganhar do Corinthians foi a prioridade. Perdemos, paciência. Que bom que é ter a chance de torcer pela grande vedete do ano como consolo.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Como substituir o insubstituível?

No post que precede esse, exatamente 24 horas atrás, lancei a pergunta: ''2009 marcará o fim da ERA Ceni?''. O questionamento foi feito pela sequencia de más apresentações por que passava o maior ídolo e mais vencedor jogador do São Paulo de todos os tempos. Até aquele momento Rogério podia passar por uma má fase técnica, talvez até um desconcerto emocional, mas ainda esbanjava preparo e integridade física.

Pois é, agora o corpo também fraquejou (infelizmente). Durante um rachão despretensioso, o camisa 01 sofreu a mais grave lesão dos seus 18 anos de carreira, logo agora, prestes a completar 37 anos. Previsão de seis meses de tratamento, o que o tira do Paulistão, Libertadores e de boa parte do Campeonato Brasileiro.


Ok, tava mal, desconcentrado, inseguro, mas era o comandante, impunha respeito ao time e aos adversários, e todos confiavam que a má fase ia passar. Mas agora é a hora de repetir a interrogação: 2009 marcará o término da carreira de jogador do Rogério? E mais: Como será o São Paulo sem sua referência? O tricolor está preparado para esta perda?

Em uma semana, Rogério lançou um livro auto-biográfico, tomou um frangasso e teve sua mais séria contusão. Tudo coisa de final de carreira. Mas não será. Pelo menos a torcida tricolor assim não quer, e ele, certamente, pelo que se percebe em sua personalidade, não deixará que aconteça. Veremos como ele voltará. Provavelmente estará melhor do que estava.

Bosco é o nome óbvio e imediato para assumir o posto vago. A função de goleiro do time, até acho que ele tem capacidade para cumprir tão bem quanto Ceni. Boscão também é bem querido e respeitado pelo elenco - ninguém comemora os gols mais que ele -. Mas assumir ser goleiro reserva, ainda mais no Sâo Paulo, é tão definitivo e tão cômodo, que não sei se ele aguenta o tranco. Será que terá a postura segura que é necessária para defender a meta de um time com as ambições que tem o São Paulo numa competição tão perigosa como é a Libertadores? Dizem que o tricolor já está atrás do arqueiro do Peñarol, Sebastian Sosa, de 22 anos. Uma aposta, não conheço o jovem uruguaio, e também não vejo problema e nem ofensa nenhuma com Bosco se isso for verdade.


segunda-feira, 13 de abril de 2009

Ronaldo, você o expulsaria? E o Rogério Ceni?

Então, a Federação Paulista e toda a imprensa apostam no cara como sendo o principal personagem das semi-finais, quiçá das finais, do campeonato. Aí 'o cara' muda todo o script e faz uma falta pra expulsão, aos 5 min do primeiro tempo, do primeiro jogo das semi-finais. Eu vou expulsar a estrela? Ele não é qualquer um.

Esse pode ter sido o pensamento na hora, e deve ter sido a desculpa do senhor Sálvio Espínola para explicar a não expulsão do Ronaldo no lance violento contra André Dias, logo no início do clássico.

Arnaldo César Coelho, o menos pior dos comentaristas de arbitragem da tv, disse que não era pra expulsar, assim como certa vez recriminou o árbitro que amarelou o Fenômeno por causa da comemoração exagerada em seu primeiro gol pelo Corinthians, contra o Palmeiras.

Fosse eu o árbitro também não teria coragem suficiente para expulsá-lo, apesar do merecimento do cartão vermelho.
Tão justa como seria a expulsão do Ronaldo, foi a não expulsão dele.


Enfim, só usei esse mote porque a tendência no noticiário esportivo é primeiro falar do Ronaldo independente do time, do jogo, e até do esporte que se está relatando (Tô vendo se dá certo isso aqui no blog também). E para aproveitar para dizer que não será por essa omissão do árbitro que analisarei a derrota do tricolor.

A análise que faço dos primeiros duelos das semi-finais é que Santos e Corinthians cumpriram com suas obrigações da maneira mais modesta que podiam. Jogaram em casa, com a desvantagem do empate, e ganharam pela diferença mínima. Resta à Palmeiras e São Paulo cumprirem com a obrigação de quem tem o mando do segundo jogo e a vantagem dos resultados iguais.

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E o Rogério Ceni meus queridos? 2009 Será o fim da ERA CENI? Falo com a propriedade de quem tem esse Mito como um dos grande ídolos e um dos maiores responsáveis pela maioria das alegrias que tive com futebol (e mais do que a de qualquer outra torcida ou torcedor, elas são muitas), mas a persistirem essas atuações bisonhas o cara tem que ser questionado.

Ele tem postura, liderança, e uma história indiscutível, mas o que eu tenho que discutir é o presente, o péssimo ano que ele vêm passando. Algumas falhas, uma contusão, um dos frangos mais feios de toda sua carreira, num jogo contra o São Caetano, aí mais um tempo se recuperando, e logo na semana mais importante do São Paulo até agora, 3 pirus em 2 jogos, vai treinar sozinho no dia de folga numa tremenda jogada de cena, e mais duas falhas assustadoras no jogo seguinte, justamente no clássico, por sorte não teve influência no resultado.

Não acho que ele está velho, não acho que seja coincidência, nem azar ou má fase. Acho que é muita arrogância, falta de concentração por confiança em excesso, o que um goleiro seguro jamais pode ter. Dos males o menor, ele deve estar se avaliando, mais uma bronca do Juvenal, que é o único que tem um pouco mais de poder que ele no clube, e uma cobrança pequena, que seja, da torcida, deve resolver o problema. Confesso que entendo mas tenho me irritado um pouco com o apoio incondicional que a torcida tem despejado nele. Enquanto estiver jogando, ele merece ser cobrado como qualquer outro profissional. Se não melhorar, temo que o fim do Rogério será o mesmo de outro grande ídolo meu, Romário, que jogou para sí nos últimos anos de carreira, deixando as necessidades do clube que defendia em segundo plano.