quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Agora sim...


6 x 2 contra o time do melhor jogador do mundo em 2008, lindo jogo, mas não vou falar de nenhum dos 6 gols, nem comentar o desempenho de cada um dos 15 jogadores que entraram em campo com a amarelinha ontem, nem do esquentadinho Cristiano Ronaldo. O que me intriga é hoje, o dia seguinte a partida, a repercução, assim como os comentários que sucederam os desastrosos empates nas eliminatórias. Cheguei à algumas conclusões:

Há a necessidade da torcida de criticar o treinador da seleção. O que o corneta quer, na maioria das vezes, não é apontar os defeitos de quem ele recremina, mas sim chamar atenção para os seus "conhecimentos". Em resumo, falar mal é a maneira de mostrar que entende de futebol. E a nossa torcida é assim, certamente em muitos momentos também sou um desses.

Os comentaristas da imprensa, jogam no mesmo time da torcida. Eles até entendem (quem sou eu pra falar que não), mas cada vez mais turrões e teimosos, vêem até nas vitórias os detalhes que lhe convém. O Brasil ganhou no Chile: "o time mostrou vontade, e por isso ganhou". O Brasil empata em casa: "o treinador escalou mal, com ele não dá mais". O Brasil dá show na Venezuela: "o talento individual dos jogadores sobressaiu". Outro empate como anfitrião, e o treinador não sabe moldar o time para furar a retranca. Ontem o Brasil goleou Portugal: "maravilhoso, fantástico. Mas Portugal, também, veio sem vontade, abriu as pernas para nossa seleção". E hoje já vieram com essa explicação, "nossa, como o Brasil entrou em campo com um espírito de luta descomunal, muito além do apático Portugal, assim somos imbátiveis".

Quem tem a memória boa vai lembrar que nos empates contra Bolívia e Colômbia pelas elimatórias, não faltou vontade aos jogadores, todos correram muito, gananciaram os três pontos, mas com um time com vontade de jogar bola e outro com a mesma vontade de não deixar isso acontecer, o 0 x 0 é iminente.
Contra Portugal, o Brasil de fato encontrou um jogo mais aberto, e fez seis belos gols. Mas o Dunga é o mesmo dos empates pela eliminatória, a escalação é também bem parecida.
A principal conclusão que chego é que no futebol não dá pra tirar conclusões definitivas, cada jogo tem sua história. O time brasileiro é bom, Dunga é coerente, Luis Fabiano é o 9 ideal. Será que no próximo jogo eu não mudo de idéia?

Tonhão

2 comentários:

Anônimo disse...

Até agora, o melhor post que você já colocou. Todos, eu disse todos são incoerentes quando se fala de seleção. É o que você disse, cada comentário se difere quando os jogos são diferentes, mesmo o time e o trinador serendo os mesmos. Com certeza a história de que o Brasil tem o melhor elenco do mundo é passado, e muito distante. Basta olhar para a lista de candidatos a melhor do mundo, onde só aparece o atual melhor do mundo: Kaká. Eu me contrario muitas vezes a falar de seleção, e na última quarta-feira acabei tendo uma nova opinião sobre Dunga, quem eu sempre quis a cabeça. Ele não é ruim, não escala mal, nem convoca mal. Ele fez mtos testes, e agora parece que achou o time que queria. E tem repetido as escalações. O Brasil jogou um futebol parecido com o que jogou contra o Chile, por isso foi bem. Mas td depende de cada jogo, de cada adversário, de cada dia. É como em qualquer jogo. O São Paulo empatar em casa com o Ipatinga, por exemplo, é uma prova de que acontece com qualquer time. No campeonato inglês, no alemão, no espanhol. Basta a nós, torcedores e apreciadores do bom futebol, termos paciência e bom senso pra aceitar que bons times também têm seus péssimos dias.

Anônimo disse...

eu me assusto com seu português de vez em quando hein, como pode ser jornalista... uahuaauhuhauh

"repercução"?????

ou repercussão!